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Fundos sustentáveis devem adotar sufixo IS no nome

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) definiu critérios para a identificação dos fundos de renda fixa e de ações que têm como propósito investimentos sustentáveis. Os fundos levarão o sufixo IS (Investimento Sustentável) no nome. A carteira deve estar alinhada ao propósito e nenhum investimento pode comprometê-lo.
Será necessária a definição e divulgação da estratégia, da metodologia e dos dados que dão suporte à gestão da carteira, assim como a realização de ações de diligência e monitoramento quanto à aferição dos objetivos ASG. Caso utilize índices como referência, eles precisam estar igualmente alinhados aos compromissos sustentáveis do produto.
Os fundos que integrem aspectos ASG em seu processo de gestão, mas não têm o investimento sustentável como objetivo principal, não poderão usar o sufixo IS. Porém o investidor poderá reconhecê-los pela frase "esse fundo integra questões ASG em sua gestão" nos materiais de venda.
As regras estão em audiência pública para recebimento de sugestões do mercado até 29 de outubro. "É preciso evitar um crescimento desordenado dos investimentos ASG no Brasil, o que seria prejudicial à indústria de fundos e ao investidor. Estamos alinhados a outras jurisdições globais que também buscam dar mais transparência a estes produtos. É nosso papel garantir bases sólidas para o desenvolvimento dos fundos sustentáveis" comenta Carlos Takahashi, vice-presidente da Anbima e coordenador do Grupo Consultivo de Sustentabilidade da Associação.
Os fundos atualmente classificados na subcategoria sustentabilidade/governança da Anbima terão 12 meses para se adaptarem. Caso atendam aos novos critérios, devem alterar a razão social, adotar o sufixo IS e fazer as adaptações necessárias em suas estratégias de vendas. A subcategoria sustentabilidade/governança deixará de existir.
Ao longo dos próximos meses os critérios serão implementados para outras classes de fundos, alcançando também os multimercados e os estruturados, como os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), FIPs (Fundos de Investimento em Participações) e fundos imobiliários.