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Bram reforça grade de fundos globais lançando novas estratégias

MarcusdeSena1BradescoA Bram (Bradesco Asset Management) volta a ampliar este ano suas estratégias de investimento global. O total sob gestão da casa em fundos internacionais é de R$ 10,3 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões estão em fundos de fundos (FoFs) e o restante alocado diretamente em fundos exclusivos e/ou espelhos. “O objetivo é sofisticar os produtos multigestores na grade internacional, com maior ênfase na qualidade do que na quantidade de fundos”, explica o administrador de carteiras Marcus Sena.
Hoje a gestora aloca em 30 fundos-espelhos globais, um número que poderá crescer “mas apenas à medida que isso faça sentido, porque a principal preocupação é com a qualidade”, afirma Sena.
Na terceira semana de setembro a Bram lançou um FoF de gestão ativa EUA, com benchmark em S&P. Dentro dos próximos quinze dias será a vez de um FoF que investirá em REITs (real estate investment trust). A tese imobiliária global busca explorar o apetite por imóveis, um traço cultural relevante do investidor brasileiro, aliado à vantagem da descorrelação já que por meio dos REITs é possível aplicar em ativos imobiliários negociados em diversos mercados.
“A diversificação global permite capturar ciclos de vários mercados – EUA, Europa, Ásia e Japão - sempre com foco na renda e não no pagamento de dividendos”, detalha Sena. Os gestores escolhidos para o FoF de REITs são a Janus Henderson, BlackRock, Nordea e Morgan Stanley..
As novas estratégias consolidam a trajetória global da gestora nos últimos anos, que lançou em setembro de 2020 dois FoFs globais de gestão ativa temáticos - um mandato de renda fixa e outro de renda variável-, ambos 100% ESG. “Não é simples completar a caixinha de investimentos com critérios 100% ESG no mercado brasileiro, mas lá fora é possível fazer isso de maneira genuína”, diz Sena. Até agora, o mandato de renda variável 100% ESG já captou R$ 150 milhões e o de renda fixa global ESG R$ 60 milhões.
Além disso, a gestora lançou no final do ano passado um FoF com dedicação à China, alocando em A-Shares no mercado doméstico chinês, que captou R$ 250 milhões até setembro. Os ativos são listados nas bolsas de Shangai, Shenzhen. “Por ter zero de exposição à bolsa de Hong Kong, o fundo saiu ileso da crise da Evergrande,que é listada naquela bolsa”, explica Sena.