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TM3 Capital ganha licitação para FIP de R$ 250 milhões do Bandes

Munir Abud deOliveiraBandesA TM3 Capital, novo nome da Trivella M3, foi a gestora escolhida pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) para montar um Fundo de Investimentos em Participações (FIP) de R$ 250 milhões a serem investidos em empresas fora da cadeia de óleo e gás instaladas no estado. Os recursos virão do Fundo Soberano do Espiríto Santo (Funses), criado pelo governador Renato Casagrande (PSB) a partir de uma parcela dos royalties do petróleo recebidos mensalmente pelo estado.
A idéia é que o estado capitalize o fundo soberano com recursos dos royalties do petróleo e que esse faça aportes no FIP, cujo objetivo é investir em empresas promissoras de vários segmentos fora da cadeia de óleo e gás. Dessa forma, seguindo a estratégia adotada há 30 anos pela Noruega, o Espírito Santo busca escapar da tão temida maldição do petróleo, que condena os produtores desse mineral a serem eternamente dependentes dele. A Noruega criou um fundo soberano em 1990, hoje o maior do mundo com reservas de cerca de US$ 1,3 trilhão, que tem investido em empresas fora do país e fora da cadeia de óleo e gás para gerar riqueza futura independente do setor de petróleo. O Espirito Santo é o terceiro produtor nacional de petróleo, atrás do Rio de Janeiro e de São Paulo.
A gestora paranaense TM3 Capital foi selecionada a partir de um processo de licitação aberto pelo Bandes em meados de maio deste ano. Segundo nota do banco capixaba, ficaram em segundo e terceiro lugar na licitação as assets Confrapar SPE Nascenti e a Antera Gestão de Recursos, respectivamente. A vencedora passará agora por uma due dilligence, onde serão verificadas as exequibilidades das propostas apresentadas.
“A criação de um FIP vinculado ao fundo soberano é uma iniciativa estratégica para o novo ciclo econômico capixaba”, destacou o o presidente do Bandes, Munir Abud de Oliveira. “Trata-se de um mecanismo de vanguarda da gestão pública, aliando progresso econômico com responsabilidade social. A partir do investimento das receitas provenientes da indústria do petróleo e do gás natural, (vamos) buscar a atração de novos negócios com emprego e renda para a população capixaba”.
A gestora do FIP terá a responsabilidade de selecionar, valorar e investir nas empresas, administrando a participação minoritária nos empreendimentos e colaborando no seu desenvolvimento, além de posteriormente encabeçar o processo de desinvestimento com retornos financeiros para o acionista. “O fundo traz experiência e boas práticas que apoiam a gestão e a governança das empresas investidas, que ganham em expertise e em resultados”, diz Oliveira.