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Inter Asset prepara estrutura para crescer junto às fundações

Daniel Castro1Com R$ 5,1 bilhões em ativos sob gestão, dos quais R$ 600 milhões em fundos de fundos (FoFs) que aplicam nos mercados local e global, a Inter Asset planeja crescer junto aos fundos de pensão. As fundações hoje são cotistas dos fundos da casa mas ainda não em mandatos exclusivos, informa o CEO Daniel Castro. “Queremos crescer na estrutura de investimentos das entidades fechadas de previdência complementar a partir de 2022, objetivo alinhado à chegada de Fernando Pairol, que veio da Itaú Asset para comandar a nossa área de relações com investidores”, diz ele.
Entre os principais trunfos para avançar nesse nicho de mercado Castro alinha uma longa experiência na gestão de FoFs de ações, que a casa faz desde 2007 (ainda como DLM), além de atualmente ter presença relevante em fundos multimercados e de renda fixa , tocados por uma equipe que soma, ao todo, 41 profissionais.
Sua área de porfólio solutions cuida de fundos de fundos exclusivos e restritos, a maior parte dos quais compra cotas de fundos de outras casas. São quatro FoFs que alocam nas classes de ações, multimercados, estratégias globais diversificadas (que incluem fundos imobiliários, ações, bonds entre outras), e um recém-lançado FoF de infraestrutura que investe em fundos de debêntures incentivadas. A casa já tem um fundo de ações aderente à Resolução CMN 4.661 e começou a adaptar à 4.661 o seu multimercado Inter Trafalgar, quem tem patrimônio de R$ 90 milhões e é de cogestão, para investir em renda fixa crédito privado high grade no Brasil e em bonds no exterior. A adequação está sendo feita no regulamento do fundo para alocação lá fora.
O mercado de crédito privado definitivamente entrou no radar, diz Castro. “Fundos que alocam em ativos atrelados a IPCA+ e CDI voltam a chamar atenção e tendem a obter retornos de dois dígitos, o que abre muitas oportunidades em spreads de crédito, então vemos com bons olhos essa classe”, afirma.
No que diz respeito aos FoFs, ele enfatiza a importância da análise e seleção dos fundos que são escolhidos para compor os portfolios em todas as classes de ativos. “O nosso escrutínio para aprovação é rigoroso, assim como o acompanhamento das estratégias para aumentar o sharpe dos fundos. Temos conseguido uma diversificação importante tanto para os investidores em geral quanto para os qualificados”, observa o gestor.