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Constância contrata Nair Kobayashi e novos nomes para time quant

Luiz FernandesConstanciaApós um evento inesperado no qual perdeu três executivos para a Somma Investimentos em setembro, a Constância Investimentos reage e contrata a experiente Nair Kobayashi e um outro executivo júnior para comporem a área comercial da casa, que volta a ter cinco pessoas sob o comando do sócio e diretor, Luiz Fernandes. Nair, que assume como gerente comercial, esteve nos últimos dois anos e meio na BV Asset, e antes disso tem passagens pela Fator Administração de Recursos (FAR), Safra, Banco Votorantim e Santander, num total de mais de vinte anos de mercado.
Segundo Fernandes, a saída de Rogério Zico, Daniel Abramovay e Maurício Gallego, os dois primeiros da área comercial e o último da área de gestão, não chegaram a ser traumáticas para a Constância. “Mudanças fazem parte do mercado, mas era importante a gente trazer uma pessoa com senioridade para fazer o relacionamento com os clientes institucionais, incluindo fundos de pensão e RPPS, além de family offices e alocadores”, explicou o diretor comercial.
Segundo ele, também foram admitidas duas novas pessoas no back-office, além de novos nomes na área de modelagem e risco que passaram a ajudar na implementação das estratégias sistemáticas da casa. “Passamos de 21 pessoas no começo do ano para 32 atualmente”, afirma.
Com R$ 2,2 bilhão sob gestão, dos quais R$ 700 milhões vindos de family offices e R$ 1,5 bilhão na área de fundos, a casa é uma das pioneiras em estratégias sistemáticas, que iniciou em 2013, três anos após sua criação. Até 2012 a casa fazia gestão fundamentalista tradicional, e a partir de 2013 descobriu o universo quant e passou a investir na área, implementando um modelo que utiliza estratégias sistemáticas combinadas com fundamentalistas, chamado lá fora de quantamental (uma fusão das duas estratégias).
O fundo de ações Fundamento, o maior da gestora, com R$ 1,2 bilhão, segue esse modelo. O sistema quant analisa diariamente os 400 papéis da B3, mas as decisões de investimento não são feitas automaticamente por robôs, dependem de uma segunda análise feita pela equipe comandada pelo diretor de gestão, Júlio Erse. O FIA Fundamento, com 110 papéis na carteira, rendeu neste ano -8,25% até o dia 26/11, exatos 5,86 pontos percentuais acima do Ibovespa que rendeu -14,11 no mesmo período.
Além do FIA Fundamento, a casa tem também o multimercado Absoluto, com R$ 70 milhões, que rendeu 13,02% neste ano, e um fundo previdenciário de R$ 10 milhões com o Icatu, que rendeu 3,66%. Possui também R$ 200 milhões em fundos exclusivos junto a institucionais.