Mainnav

Fundo da Carbyne aposta no mercado secundário de private equity

Filipe CaldasCarbyneAo iniciar um fundo de fundos para atuar no mercado de private equity, em agosto de 2021, a Carbyne Investimentos esperava que entre 30% e 40% das operações desse fundo, um FIC FIM, fossem adquiridas no mercado secundário. “O secundário superou nossas expectativas, hoje estamos com um portfólio que foi originado em 70% por transações no secundário, “ diz o socio-fundador Filipe Caldas.
Com um patrimônio de R$ 6,3 milhões, o fundo investe de maneira integrada nos mercados primário, secundário e também em co-investimentos. Segundo Caldas, a necessidade de liquidez dos investidores permitiu obter deságios de 25% a 30% sobre as cotas.
Apesar de pequeno, o fundo incorpora cotas de mais de 100 fundos, de 60 gestores, com exposição a mais de 1.400 empresas, diz Caldas. Segundo ele, cerca de 35% da sua carteira vem de operações nos mercados secundários de private equity nos EUA e na Europa, viabilizadas pela parceria firmada no final do ano passado com a gestora americana Portfolio Advisors. “O princípio é a preservação de capital do investidor, fugimos de aventuras e de ativos mais tóxicos”, afirma.
A expectativa de Caldas é que o fundo alcance um patrimônio de R$ 150 milhões até o final do ano, uma projeção que vai na contramão da tendência de mercado de rumar para o CDI devido ao aumento das taxas de juros. “Temos visto um abandono dos ativos alternativos por parte do investidor, mas isso é um erro”, argumenta ele. “Este é o momento certo para plantar a semente do private equity que dará frutos dentro de três ou quatro anos”.