A SulAmérica Investimentos prevê um ano de forte captação para a classe de renda fixa/crédito privado, com captação de R$ 1,6 bilhão pelo seu fundo SulAmérica Excellence FI RF CP nos últimos seis meses, atingindo patrimônio líquido de R$2,6 bilhões. Segundo Marcelo Mello, vice-presidente de investimentos, vida e previdência do grupo SulAmérica, as novas captações têm vindo tanto de investidores pessoas físicas quanto de fundações. "O fundo só investe em ativos de primeiríssima linha, de empresas com ratings elevados", diz. O patrimônio líquido total da casa atingiu em maio a marca dos R$ 50 bilhões.
A tendência é clara. “Não há outro mercado senão as diferentes estratégias e sub-estratégias de renda fixa. Há três fatores de risco principais: a eleição aqui, embora não se veja no mercado de juros o risco de ruptura nos dois candidatos que lideram as pesquisas; a guerra da Ucrânia, que parece já estar no preço, e as dúvidas sobre o crescimento global, porque os bancos centrais estão atrasados no ritmo de aperto monetário e esse movimento deverá produzir um ajuste dos preços dos ativos, com impacto forte sobre a Selic”, avalia.
Por outro lado, o aperto dos juros pelo Fed e suas consequências também trazem oportunidades para comprar ativos com taxas mais gordas, então será fundamental estar atento a esse mercado. “O investidor precisa ter estômago para olhar a possibilidade de um juro real mais apreciado lá na frente, como eventual decorrência de um menor crescimento mundial e do arrefecimento dos preços das commodities”, avisa.
