Os fundos de investimento fecharam outubro com R$ 4,7 bilhões em resgates líquidos, revertendo o ciclo de resultados positivos que vinham acontecendo desde julho. “O resultado de outubro reflete a piora do cenário econômico, especialmente, internacional, e não uma saída estrutural de recursos da indústria como ocorreu no primeiro semestre deste ano”, explicou Pedro Rudge, vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Apesar do resultado negativo, várias classes registraram captação líquida no mês. Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (Fidcs) a principal, com R$ 11,1 bilhões positivos, seguidos de fundos de ações, com R$ 10 bilhões, e fundos de previdência, com R$ 1,5 bilhão. Os Fundos de Investimento em Participações FIPs), captaram R$ 282,9 milhões.
Entre as classes que fecharam o mês com resultados líquidos negativos, a principal foi a dos multimercados, com R$ 13,4 bilhões a menos, seguida pela renda fixa, com R$ 11,6 bilhões a menos apesar de R$15,5 bilhões de captações nos fundos de médio e alto risco de crédito.
No ano, os resgates líquidos da indústria de fundos alcança R$ 64,9 bilhões.
Rentabilidade no mês - Os fundos de renda fixa que investem em títulos públicos de curto prazo (tipo duração baixa grau de investimento) tiveram retorno de 1,02% em outubro.
Os fundos com exposição a risco de juros, índice de preço e moeda estrangeira a longo prazo tiveram a melhor rentabilidade mensal dentre os multimercados, com 0,85%.
Já os fundos de ações livres, que não têm uma estratégia de concentração específica, tiveram rentabilidade negativa de 4,35% (apesar disso, no acumulado do ano registram ganhos de 5,69%).