A Fundamenta Investimentos, gestora independente que fechou o ano passado com cerca de R$ 1,3 bilhão em ativos sob gestão, estruturou uma base para buscar investidores institucionais a partir deste ano, com foco principalmente nos fundos de pensão e nos RPPS (Regimes Próprios de Previdência Social).
Para isso, a casa adequou o seu Fundo de Investimento em Ações, um FIA long only que existe desde julho de 2010, à regulação de investimentos desses dois públicos, informa Valter Bianchi, sócio fundador e diretor de investimentos. “Demoramos para dar atenção ao segmento de institucionais porque embora o fundo fosse o nosso foco desde o inÃcio, por uma série de razões acabamos crescendo mais na gestão patrimonial e nas carteiras administradas e deixamos esse esforço de ladoâ€, conta.
A gestora recebeu da agência classificadora Austin Rating, ao final do ano passado, a nota QG3, com perspectiva estável. A escala de rating da Austin vai de QG1 a QG5, sendo a primeira a melhor nota e a última a pior.
Do AuM total da gestora, R$ 120 milhões estão no FIA aberto e o restante em fundos proprietários exclusivos de algumas famÃlias e carteiras administradas. “Queremos ampliar a participação do fundo com aportes de institucionais, pois nas atuais condições de liquidez do mercado ele tem capacity para receber de R$ 800 a R$ 900 milhões sem perder resultadoâ€, diz Bianchi.
“O FIA nasceu com uma pegada fundamentalista mas aos poucos fomos nos rendendo à gestão sistemática, em que o foco está no processo decisório. Esse modelo de gestão ainda é incipiente no Brasil mas já está consolidado nos Estados Unidosâ€, explica. A carteira é mais diversificada do que a média do mercado. “Conseguimos ter bons resultados ao longo dos 14 anos e meio do fundo, o que se destaca principalmente nos anos de 2021 a 2023, perÃodo em que essa indústria sofreu muitoâ€, diz.
