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Agropecuária e indústria caem e serviços sobem no 2º tri, diz IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (01/09) o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre de 2021, com queda da agropecuária e da indústria e alta do setor de serviços. No consolidado do período, houve variação negativa de 0,1%.
A agropecuária caiu 2,8%, refletindo problemas com as safras do café e milho, afetadas pela estiagem. Já a soja está com safra recorde e também a produção do arroz cresceu, informou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. “A agropecuária como um todo está sofrendo com o problema climático sim, isso vai afetar a taxa do ano, mas não influenciou tanto na comparação trimestral”, informou.
Também a indústria recuou 0,2%, com destaque para a queda na indústria de transformação, em especial a automobilística. “A indústria de transformação teve uma queda de 2,2%. Ela sofreu nesse segundo trimestre muito por conta da falta de componentes eletrônicos, além da alta dos preços dos insumos, dada a desvalorização do real”, explica Palis.
Além da indústria de transformação, também caíram 0,9% as atividades somadas de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos, influenciada pela crise hídrica. Com isso, neutralizaram as altas de 5,3% nas indústrias extrativas, de 2,7% na construção e de 5,6% nos setores de informação e comunicação.
Já os serviços avançaram 0,7% no 2º tri, embora ainda esteja 4% abaixo do primeiro tri de 2020 e 7,2% abaixo do quarto tri de 2019, períodos considerados como referência pré-pandemia. “Serviços (...) ainda não está no patamar pré-pandemia”, diz Palis. “Alojamento, alimentação, saúde, educação mercantil, serviços voltados para as famílias, ainda está abaixo do patamar pré-pandemia”, explica.