Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual (pp) na reunião encerrada nesta quarta-feira (22/09), passando de 5,25% para 6,25% ao ano. A decisão já era esperada pelos analistas financeiros, como resposta do BC ao cenário de aumento da inflação de alimentos, combustíveis e energia.
Foi o quinto reajuste consecutivo na taxa Selic neste ano. O primeiro aumento aconteceu em março, quando a taxa abandonou o patamar de 2% em que se encontrava desde agosto de 2020, no menor nível da sua série histórica iniciada em 1986, passando para 2,75% ao ano. A seguir vieram mais dois aumentos de 0,75 pp nos meses de maio e junho, seguido de alta de 1 pp no início de agosto e nova alta de 1 pp na reunião encerrada hoje.
Com o aumento da Selic o BC busca manter a inflação sob controle. A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,87% em agosto, o maior nível para o mês desde 2000, acumulando 9,68% em 12 meses.
O valor está acima do teto da meta de inflação. Para 2021, o Conselho Monetário Nacional (CMN) tinha fixado meta de inflação de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 5,25% neste ano nem ficar abaixo de 2,25%.
