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Economistas da Anbima projetam Selic em 11,75% em maio de 2022

Os economistas que compõem o Grupo Consultivo Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) projetam uma inflação de 9,25% para 2021, ante 8,75% apontada na reunião anterior do grupo, em outubro. A Selic deve fechar em 9,25% na reunião do Copom de hoje (08/12), com alta de 1,5 ponto percentual em relação à taxa atual. A expectativa é que os juros subam mais 1,5 pp na primeira reunião do Copom do próximo ano, para 10,75%, com mais dois aumentos, de 0,75 pp e de 0,25 pp nos encontros seguintes, chegando a 11,75% em maio. Para os economistas, o patamar ficará estabilizado até outubro, quando devem ocorrer duas quedas consecutivas de 0,25 pp para que a Selic finalize 2022 a 11,25%.
“A maioria dos economistas que participam das nossas projeções acredita que esse ritmo acelerado de aumento dos juros está relacionado à persistência da inflação, em um cenário que se tornou ainda mais desafiador após a alteração do teto de gastos”, afirma Fernando Honorato, coordenador do Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima.
A estimativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2021 passou de 9%, apontado na reunião anterior do grupo, para 10,2%. Também subiu a projeção para 2022, de 4,3% a 5%, que é o teto da meta prevista para o próximo ano.
Em relação à atividade econômica, os economistas apontam piora da percepção sobre o dinamismo da economia. “O recuo de 0,1% do PIB do terceiro trimestre já demonstra isso. Parte do grupo se surpreendeu com o fraco resultado da demanda, principalmente de consumo das famílias, em um momento de retomada do setor de serviços”, aponta Honorato. A projeção para o PIB deste ano foi revisada de 5% para 4,74%, enquanto a de 2022 caiu de 1,2% para 0,5%.