O BTG Pactual foi alvo de uma operação deflagrada nesta quinta-feira (3/10) pelo Ministério Público Federal (MPF) e PolÃcia Federal (PF) para investigar supostos vazamentos de informações do Banco Central ao BTG no mercado de juros Selic. A operação levou o nome de Estrela Cadente. Baseda em delação do ex-ministro da Fazenda do governo de Dilma Roussef, Antonio Palocci, a operação investiga se um fundo do banco teria recebido informações privilegiadas do BC sobre as reuniões do Comitê de PolÃtica Monetária (Copom) entre 2010 e 2012.
Segundo o MPF, o beneficiado seria um fundo de investimento administrado pelo BTG Pactual, que teria obtido lucros de dezenas de milhões de reais a partir do recebimento dessas informações privilegiadas. As reuniões do Copom, que definem a taxa básica de juros da economia, ocorrem a cada 45 dias.
O BTG Pactual informou, em nota à imprensa, que o fundo investigado é o Bintang FIM. Segundo o banco, "o fundo possuÃa um único cotista pessoa fÃsica, profissional do mercado financeiro que também era o gestor credenciado junto à CVM, que nunca foi funcionário do BTG Pactual ou teve qualquer vÃnculo profissional com o Banco ou qualquer de seus sócios. O Banco BTG Pactual exerceu apenas o papel de administrador do referido fundo, não tendo qualquer poder de gestão ou participação no mesmo".
O Banco Central informou não ter tido acesso à s informações da investigação. "A respeito das informações divulgadas hoje pelo Ministério Público Federal em São Paulo e a PolÃcia Federal, o Banco Central esclarece que não foi comunicado sobre o conteúdo da Operação Estrela Cadente, que corre sob segredo de Justiça", esclarece a nota do Banco Central.