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Emissões registram volume de R$ 10,5 bilhões em maio

As emissões de mercado de capitais registraram em maio captação de R$ 10,5, bilhões, 68,8% a menos em relação ao mês anterior. Foram realizadas 50 operações, a maior parte no padrão estabelecido pela Instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O total captado foi de R$ 126,1 bilhões, 6,7% acima do montante registrado no mesmo período do ano passado,. As ofertas que estão em andamento e em análise registram volumes esperados de R$ 6,7 bilhões e R$ 5,3 bilhões até o momento, respectivamente.
A despeito do ambiente de incerteza diante do cenário de pandemia, o prazo médio ponderado de colocações de debêntures em 2020 se manteve estável relativamente ao mesmo período de 2019: 5,6 ante 5,5 anos, respectivamente. Entretanto, há predominância de emissões de debêntures com remuneração DI+ spread, que respondem neste ano por 73,6% das operações, 34,9 pontos percentuais a mais do que no mesmo intervalo de 2019. A redução mais expressiva foi apresentada pelos papéis com rentabilidade em percentual do DI, cuja participação, nesse mesmo período, caiu de 45,5% para 1,8%. Os títulos vinculados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também apresentaram redução, de 15,4% para 11,4%.
Os intermediários e participantes ligados às ofertas continuam sendo os maiores subscritores das ofertas públicas de debêntures, com 87%, seguidos dos fundos de investimentos com 8,9% do total colocado. O direcionamento desses recursos vem sendo predominantemente voltado ao capital de giro e reforço de caixa (42,7%) e ao refinanciamento de passivos das empresas (24,7%).
As notas promissórias não apresentaram nenhuma grande emissão em maio. O volume captado nas sete operações realizadas no último mês, R$ 1,4 bilhão, correspondeu a apenas 10,68% do total registrado em abril. A participação desse instrumento no mercado de capitais representa 14% do volume emitido.