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Ágora quer triplicar sua base, chegando a 1,5 milhão de clientes

Luis Claudio deFeitas BradescoCom uma base consolidada de 540 mil clientes e um acréscimo de 20 a 30 mil novos nomes por mês, a Ágora quer ampliar o espaço que ocupa no atual cenário de investimentos de pessoas físicas. “Vamos triplicar nossa base em pouco tempo, para mais de um milhão e meio de clientes”, diz o novo diretor geral da operação, Luis Cláudio de Freitas.
Ele assumiu o comando da Ágora neste mês, em substituição Ricardo Lanfranchi, que foi dirigir a corretora BAC Financial Investments, adquirida recentemente pelo Bradesco por US$ 500 milhões, na Fórida. Com 33 anos de Bradesco, Freitas sempre atuou na área de mercado de capitais, tendo começado na antiga corretora do banco e passado, ao longo desse período, por várias áreas, inclusive a custódia qualificada, prestando serviços a fundos de pensão e gestores. Há três anos voltou a atuar na corretora, mas desde dezembro passado, por uma decisão estratégica do grupo, toda a área de pessoas físicas da corretora do Bradesco foi transferida para a Ágora. Ele foi junto e, desde então, passou a fazer parte da operação da qual agora assume o comando.
A plataforma possui hoje um portfólio completo de produtos de investimentos, incluindo fundos, ações, renda fixa, COEs (Certificados de Operações Estruturadas) e títulos de emissão de outros bancos. “São mais de 800 tipos de produtos de investimentos, sendo mais de 400 só de renda fixa”, diz Freitas. “Cerca de 95% dos bancos são cobertos pela Ágora, a gente tem CDB, LCA, LCI, não só do Bradesco mas de todos os outros bancos”.
Além disso, a casa possui acordos com cerca de setenta diferentes gestores, dos quais distribui pouco mais de 200 fundos. Mantém também uma equipe própria de analistas, que elabora e disponibiliza para os seus clientes uma carteira de investimentos em ações.
Com R$ 52 bilhões em custódia de investimentos, a Ágora é a terceira do mercado, atrás apenas do Itaú e da XP, que ocupam, respectivamente, a segunda e a primeira posição. Segundo Freitas, a corretora do Itaú tem R$ 69 bilhões em ativos sob custódia, sendo o alvo mais imediato da plataforma. “Estamos preparados para a disputa”, diz ele. O segundo alvo, mais distante, é a XP. “Nossa meta é chegar à liderança do mercado”, diz.
O grande desafio da casa é ampliar o seu público, daqui para a frente, num ritmo ainda mais rápido do que o incremento de 20 a 30 mil novos clientes por mês que vinha mantendo até aqui. Para isso conta com o apoio do Next, o banco digital do grupo que desde o ano passado, após a incorporação da área de pessoas físicas da corretora Bradesco, passou a oferecer produtos de investimentos da plataforma aos seus clientes. Além disso, a Ágora está começando a explorar mais o potencial dos correntistas da rede do Bradesco, com 5 mil agências. E também trabalhando com clientes que não pertencem a nenhuma dessas instituições, Next ou Bradesco, como contas independentes.
Outro canal em observação é o dos agentes autônomos de investimento (AAIs). Atualmente a Ágora mantém contrato com 14 AAIs, mas há uma disposição da casa para examinar novas parcerias. “Não é nossa prioridade, a prioridade no momento é aproveitar o potencial da rede de varejo do banco, mas nem por isso deixamos de olhar com atenção para essa nova modalidade de parceria”, afirma Freitas.