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Touro de Ouro é removido da frente da B3 oito dias após instalado

Touro Ouro1Classificado pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) de São Paulo como peça publicitária, o polêmico Touro de Ouro foi retirado do centro da capital paulista na noite da última terça-feira (23/11), onde estava há sete dias desde que foi instalado pelas empresas B3, Vai Tourinho e pelo arquiteto e artista plástico Rafael Brancatelli. Com três metros de altura, a escultura teve que ser embalada em plásticos durante o processo de remoção, para evitar que fosse danificada.
A peça foi colocada em frente à B3 no dia 16 de novembro, mas no dia seguinte à instalação tornou-se alvo de pichações por parte de manifestantes. Na manhã da quarta-feira passada (17/11), um grupo de manifestantes colou nas laterais do touro dourado cartazes protestando contra a fome, a desigualdade social, o desemprego e a falta de oportunidade para a juventude periférica.
Além de determinar a retirada da peça do local, a CPPU impôs uma multa aos seus proprietários, cujo valor será definido pela Subprefeitura da Sé. A decisão da CPPU foi tomada por cincos votos a quatro, com uma abstenção. A empresa Vai Tourinho, do economista Pablo Spyer, usa um touro dourado em seu logotipo.
O Touro de Ouro de São Paulo é uma cópia do Touro de Wall Street, localizado em Nova York a algumas quadras da bolsa de valores de lá, a New York Stock Exchange. Enquanto o Touro de Wall Street é contruído em bronze, a escultura brasileira é construída sobre uma estrutura de metal com preenchimento de isopor e revestimento de fibra de vidro. Segundo comunicado divulgado pela B3, a instalação da peça no centro da capital paulista teve o objetivo de homenagear “a força e a coragem do brasileiro, além de ser um presente para a cidade de São Paulo, visando à revitalização do centro histórico da cidade".