A turbulência no mercado externo fez a bolsa fechar na última sexta-feira (29/04) com queda de 1,86%, aos 107.876 pontos, acumulando uma queda de 10,1% no mês de abril, o pior resultado mensal desde março de 2020 quando começou a pandemia de covid-19. O Ibovespa está no menor nÃvel desde 18 de janeiro. Em 2022, o indicador ainda acumula alta de 2,91%.
Já o dólar, que começou a sexta-feira em forte baixa, encerrou o dia praticamente estável, com leve alta. O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 4,943. A moeda norte-americana fechou abril com alta de 3,81%, a maior alta em sete meses. Em 2022, a divisa acumula queda de 11,36%.
Desde o dia 22 de abril, vários fatores têm empurrado o dólar para cima. A alta da inflação nos Estados Unidos, que está no maior nÃvel em 40 anos, reforçou as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) aumente os juros mais que o previsto. Taxas altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de paÃses emergentes, como o Brasil.
Além disso, o agravamento das medidas de lockdown na China provocou a desaceleração da segunda maior economia do planeta. A expectativa de que o paÃs asiático compre menos commodities (bens primários com cotação internacional) pressionou para baixo os preços de produtos agrÃcolas e minerais, mas esses itens voltaram a se valorizar nos últimos dias após a China amenizar as medidas de restrição social na principal região produtora de aço do paÃs.
