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André vê Anbima como “a grande provedora de dados do mercado”

Carlos AndreSantanderTomou posse nesta terça-feira (10/05) a nova diretoria da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), com Carlos André assumindo a presidência da entidade e 21 executivos as oito vice-presidências e 13 diretorias (ver abaixo). André substitui Carlos Ambrósio, que permaneceu no cargo por quatro anos, em dois mandatos. Em seu discurso de posse ele defendeu que a Anbima se consolide "como a grande provedora de dados do mercado. Queremos compilar, organizar, classificar, adicionar valor e facilitar o acesso ao extenso conjunto de dados e informações que já temos relacionados aos segmentos que representamos".
André iniciou seu discurso de posse dizendo que dará continuidade ao trabalho atual e buscará liderar a entidade num momento de tantas transformações. “Carlinhos (como é conhecido o agora ex-presidente, Carlos Ambrósio) liderou um trabalho de aproximação relevante com os (...) associados e aderentes, com o uso mais intenso das plataformas digitais de comunicação (...) As transformações pelas quais o mercado vem passando, estão trazendo novos atores ao nosso ecossistema. São empresas, boa parte delas fintechs, que chegam com novos modelos de negócios e abordagens. Nosso objetivo é atrair e acolher esses novos players e trazê-los para enriquecer o debate, tendo sempre como premissa o fortalecimento do mercado”.
Ainda de acordo com o novo presidente da associação, a entidade possui hoje um número crescente de convênios de autorregulação e acordos de cooperação técnica, “o último deles firmado no ano passado (com a CVM), para acompanhar a atuação dos influenciadores que falam sobre investimentos nas redes sociais”. Ele destaca também os entendimentos com o Banco Central sobre open investment e a agenda de internacionalização do mercado de capitais, “que são duas prioridades importantes que avançaram muito nos últimos anos”.
Em relação à disputa presidencial, André disse que “apoiamos um ajuste fiscal e uma reforma tributária que fortaleçam a confiança na gestão das finanças públicas. Acreditamos na política monetária como instrumento chave para o controle da inflação. Defendemos a reavaliação permanentemente do papel e do tamanho do Estado brasileiro, para que o setor público tenha melhores condições de canalizar seu foco de atuação nos temas mais caros à sociedade, como saúde, segurança e educação”.
Ele pediu a “autonomia e a sustentabilidade financeira das agências reguladoras em geral, e da CVM em particular” e defendeu “o estímulo aos investimentos estrangeiros no Brasil, assim como é importante ampliar e facilitar o acesso dos brasileiros a alternativas de investimento no exterior”.
Em relação à revisão da Instrução CVM 555, normativo que rege os fundos de investimento atualmente, defendeu mudanças para “desburocratizar as operações, reduzir custos e melhorar a segurança jurídica dos fundos”. E em relação às instruções 400 e 476, que regem as ofertas públicas, defendeu uma simplificação dos processos para dar mais agilidade na colocação dos papeis.
André falou ainda da importância crescente das pautas sociais e ambientais e da agenda ESG no mundo dos negócios, assim como de “um novo universo dos ativos digitais, das finanças descentralizadas, do blockchain, tokens...”.
O novo presidente da entidade afirmou que “num mundo em que os dados e informações são considerados o novo petróleo, a Anbima quer se consolidar como a grande provedora de dados do mercado. Queremos compilar, organizar, classificar, adicionar valor e facilitar o acesso ao extenso conjunto de dados e informações que já temos relacionados aos segmentos que representamos”.

Veja abaixo a composição da nova diretoria da Anbima:

Presidente: Carlos André - O executivo é CEO da Santander Asset Management desde outubro de 2021, tendo anteriormente trabalhado por 37 anos no Banco do Brasil, onde ocupou vários cargos tanto no banco como em suas empresas controladas, sendo que os últimos foram os de diretor executivo e CEO da BB DTVM, em 2009 e 2018, respectivamente. Deixou o Banco do Brasil em 2021. É vice-presidente da Anbima desde 2017. Formado em engenharia de produção pela UFRJ, possui MBA em finanças pelo IBMEC.

Vice-presidentes: Aroldo Medeiros – BB DTVM; Carlos Constantini – Itaú Unibanco; Carlos Takahashi – BlackRock; José Eduardo Laloni – ABC Brasil; Luiz Sorge – BNP Paribas Brasil; Pedro Rudge – Leblon Equities; Roberto Paris – Bradesco; Sérgio Cutolo – BTG Pactual.

Diretores: Adriano Koelle – BNY Mellon; Eduardo Azevedo – Tullett Prebon; Fernanda Camargo – Wright Capital; Fernando Crus Rabello – Safra; Fernando Miranda – Nubank; Fernando Vallada – Julius Baer; Giuliano de Marchi – J.P.Morgan; Gustavo Pires – XP Investimentos; Lywal Salles – Vinci Partners; Rafael de Oliveira Moraes – Caixa; Roberto Paolino – Citibank; Rodrigo Azevedo – Ibiuna Investimentos; Teodoro de Lima – Credit Suisse.

Conselho Fiscal: Ana Carolina Silva – Opportunity; Arnaldo Alves dos Santos - Itaú-Unibanco; Fabio Fijino Rey - ABC Brasil.

Conselho de Ética: Presidente - Valdecyr Maciel Gomes; Vice- Presidente - Luiz Chrysostomo; Conselheiros: Carlos Ambrósio; Denise Pavarina; Luiz Candiota; Marcelo Giufrida; Otavio Yazbek; Renato Oliva; Robert van Dijk.