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B3 mostra alta de 44% nas alocações em renda variável e 17% em renda fixa

Estudo da B3 mostra que o ciclo de alta da taxa básica de juros, a Selic, deu um novo impulso para a renda fixa, com o número de investidores que alocam nessa classe de ativos saltando 17% em 12 meses, para 10,4 milhões de CPFs, e o valor em custódia crescendo 38%, para R$ 1,182 trilhão.
Entre abril de 2021 e março de 2022, por exemplo, a quantidade de investidores do Tesouro Direto cresceu 28%, de 1,5 milhão para 1,9 milhão de CPFs, e o valor em custódia subiu 27%, de R$ 65,4 bilhões para R$ 83,2 bilhões.
Já os CDBs, entre dezembro de 2020 e março de 2022, tiveram um incremento de 20%, para 7,3 milhões de CPFs, e de 16,6% no volume investido, para R$ 513,8 bilhões.
Os COEs (Certificados de Operações Estruturadas) cresceram 34% no número de CPFs e de 47% no volume investido; e as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) ganharam 39% de CPFs a mais e 37% de volume investido.
Os investimentos em debêntures aumentaram 54% no número de CPFs e 65% no volume investido, enquanto os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), considerando os mesmos itens, expandiram 65% e 54% e 82% e 43%, respectivamente.
Já as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) dispararam 111% na quantidade de CPFs e 104% no volume investido. As LFTs (Letras Financeiras do Tesouro), também conhecidas como Tesouro Selic, representaram 30% dos investimentos no Tesouro Direto no primeiro trimestre de 2022, mesmo patamar de 2019, antes da pandemia de Covid-19.
Na renda variável, quantidade de CPFs cresceu 44% entre abril de 2021 e março deste ano, para 4,3 milhões de investidores (mais de 1,3 milhão de novos investidores). Segundo a B3, boa parte desse resultado se deve ao crescimento de BDRs e ETFs.
Os investimentos em BDRs saltaram 532% de abril de 2021 a março de 2022, para 1,4 milhão de CPFs (1,2 milhão de novos investidores em 12 meses), com o valor em custódia subindo 76%, para R$ 7,6 bilhões
Os investimentos em ETFs subiram 78% em 12 meses, atingindo 529 mil CPFs, com aumento de 32% no valor custodiado (R$ 10,4 bilhões).
O número de investidores em ações cresceu 19%, passando de 2,6 milhões para 3,1 milhões de CPFs, mas houve queda no saldo mediano em custódia, de R$ 7 mil para R$ 4 mil.
Já nos Fundos imobiliários, houve avanço de 24%, para 1,6 milhão de pessoas, com o valor em custódia crescendo 13%, para R$ 133 bilhões. As pessoas físicas respondem por 74% do volume investido.