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Economistas da Anbima projetam Selic em 13,75% e fim do ciclo de alta

O Grupo Consultivo Macroeconômico Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) projeta mais uma alta da taxa Selic, dos atuais 13,25% para 13,75%, a ser anunciada na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que se encerra nesta quarta-feira (3/8). Segundo os economistas que fazem parte do colegiado, o movimento deve encerrar o ciclo de alta dos juros deste ano, com a Selic mantendo esse patamar até o fim de 2022.
Para 2023, a mediana da projeção da Selic foi revisada de 9,75% para 10,50%. A mudança reflete a análise de que as incertezas do cenário de curto e médio prazos exigirão uma taxa média de juros mais alta por mais tempo. As estimativas dos economistas para a inflação, entretanto, foram revistas para baixo, com o IPCA (Índices de Preços ao Consumidor Amplo) de 2022 caindo de 9,1% no último relatório do grupo para 7,2% neste. Para 2023, a revisão do IPCA foi para cima, de 4,3% a 5,4%.
Em relação à atividade econômica, a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2022 subiu de 1,5% para 2%. Já para 2023, é esperada perda de tração da atividade, diante dos efeitos da política monetária restritiva na atividade doméstica e do contexto de desaceleração da economia mundial, com a projeção do PIB descendo de 0,49% para 0,30%.
Para o câmbio, é esperada pelos economistas uma desvalorização adicional do real frente ao dólar, por conta do aumento dos juros no mercado internacional e da redução dos preços das commodities. A projeção para o encerramento de 2022 foi revisada de R$ 5,00 para R$ 5,20.
O Grupo Consultivo Macroeconômico é composto por 24 economistas de instituições associadas à Anbima. Eles se reúnem a cada 45 dias, em média, sempre na semana que antecede a reunião do Copom, para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional.