A Eleven Financial Research, casa de análises financeiras independente que em fevereiro deste ano foi comprada pelo banco digital e plataforma de investimentos Modalmais, anunciou na semana passada uma parceria estratégica com a Morningstar, a empresa global de análise financeira listada na Nasdaq e que tem US$ 10 bilhões em capitalização de mercado. Com esse movimento, a Eleven pretende ampliar seu peso como fornecedora de análise global, aumentando a gama de serviços customizados para investimentos locais e internacionais. Além disso, há planos para estender a distribuição de seus serviços para toda a América Latina, diz o sócio do Modalmais e fundador da Eleven, Adeodato Volpi Netto.
Embora o contrato não seja de exclusividade e a Morningstar já atue no Brasil, ele explica que nenhum outro provedor de análise no País poderá comercializar as soluções da gigante norte-americana já que a parceria representa um projeto conjunto, que foi costurado durante 18 meses antes do anúncio.
Numa primeira etapa, as duas casas unirão as marcas sob a ótica do mercado. “Nosso modelo de research vai além do fornecimento de relatórios e informações da base de dados, até porque o relatório hoje é apenas um guia, uma fotografia, mas o que agrega valor é a estratégia de asset allocation com soluções altamente customizáveis”, detalha Netto.
Desde 2019, quando a Eleven comprou a consultoria de investimentos Lopes Filho & Associados, trouxe para dentro de casa a carteira de fundos de pensão do RISKbank. “Esse é um público que demanda muita customização e aderência às políticas de cada plano", afirma.
Um foco importante será instrumentalizar processos para equities, ETFs e fundos de investimento. “Vamos trabalhar para um público que é o espelho do que já tem a Eleven, oferecendo as soluções de research as a service (RAAS) que nos levaram a ser o maior player nacional no segmento B2B e B2B2C”, aposta Netto.
Com um time de 111 pessoas, das quais 40 são analistas responsáveis pela cobertura de todas as classes de ativos no Brasil, a Eleven tem uma lista de mais de 160 empresas negociadas do mercado de ações local. Um dos trunfos da parceria está na integração direta da equipe aqui (Diana Stuhlberger será a head da área de global equities e de ETFs) com a equipe da Morningstar nos EUA. "Isso permitirá levar as soluções de análises para alocações internacionais, sejam elas temáticas ou setoriais, aproveitando a massa crítica da Morningstar aliada à inteligência local", afirma Netto.
A casa também pretende lançar dentro de duas semanas uma plataforma white label para atender clientes em nichos exclusivos, que terão acesso a uma área 100% customizada. A ideia é integrar o research com a execução de ordens, o que permitirá dar comandos de execução para alocação do portfolio.
