Edição 361
A utilização de Fundos de Fundos (FoFs) para administrar os investimentos de vários perfis de investimentos de um mesmo plano ou para administrar os recursos de vários planos dentro de uma mesma classe de ativos foi uma forma que os fundos de pensão adotaram para simplificar os processos e até reduzir custos operacionais. Tem dado tão certo que é crescente o número de fundações que afirmam ter ampliado o uso do instrumento. Em nosso especial que vai da página 20 até a 34, trazemos reportagens com dirigentes de fundos de pensão, assim como com gestores de diferentes estratégias, falando sobre o tema.
Essa edição traz também entrevista com o CEO da Reag, João Carlos Mansur, falando sobre o surpreendente crescimento da sua gestora, a Reag, que há cinco anos tinha R$ 10,4 bilhões sob gestão e hoje acumula um volume de R$ 180 bilhões. Mais do que o crescimento desses AUM, o que tem deixado muitos atordoados é a velocidade com que Mansur tem comprado negócios. Foram nove desde o início de 2022 e ele diz ter mais seis operações sendo negociadas, cujo desfecho deve ocorrer nos próximos meses.
Ainda nesta edição trazemos uma entrevista com a gerente de temas ESG do Santander Asset Management, Luzia Hirata. Com vinte anos de atuação nessa área, ela garante que o mercado financeiro está atento às questões ESG, principalmente pela evolução dos eventos climáticos extremos e suas consequências sobre ramos específicos com os quais tenham negócios. É o caso das seguradoras, que nos últimos anos viram crescer os gastos com sinistros derivados desses eventos.
Segundo Hirata, “todos os setores, sejam eles de combustíveis fósseis, energia, agricultura, florestas, transporte, transporte aéreo, marítimo, vão ter que pensar em reduzir de fato as suas emissões para que a gente consiga ter um efeito positivo no clima, que é muito demorado. Você não mexe na temperatura do clima de uma hora para outra, o que a gente está sentindo hoje são os efeitos de uma atividade que tem acontecido pelo menos há duzentos anos”.