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Sobre o Top Asset e judicialização nas EFPCs

Edição 365

Pela 52ª vez a revista Investidor Institucional publica o ranking Top Asset, que nesta edição traz o perfil de 170 gestoras de recursos com um total sob gestão de R$ 6,88 trilhões na data de 31 de dezembro do ano passado. O valor representa um crescimento de 8,84% sobre o ranking anterior, publicado há seis meses, com dados de 30 de junho de 2023, e de 9,75% na comparação de 12 meses, do ranking publicado com dados de dezembro de 2022.
Boa parte dessa explicação sobre o crescimento relativamente maior no período de 8 meses que de 12 meses tem a ver com o impacto que a crise das Lojas Americanas e Light produziu sobre os balanços dos fundos de investimentos abrigados pelas assets. O período de 12 meses pega em cheio o momento da crise, quando ativos perderam valor e os fundos passaram a ter resgates, enquanto o período de 6 meses pega apenas o pós-crise, quando o PL dos fundos já estava em franca recuperação.
Aliás, vários gestores ouvidos para esta edição colocam as dificuldades que viveram naqueles primeiros meses de 2023, quando a Lojas Americanas do trio Lemann/Sicupira/Telles declarou que tinha encontrado “inconsistências contábeis”, originalmente no valor de R$ 20 bilhões que logo se transformaram num rombo de R$ 43 bilhões. “Os três primeiros meses de 2023 foram muito ruins por conta dos resgates”, avalia Clayton Calixto, especialista de portfólio da Santander Asset Management.
Além do ranking Top Asset, esta edição traz também uma entrevista com o advogado Flávio Martins Rodrigues, do escritório Bocater Camargo Costa e Silva Rodrigues Advogados. Especialista em previdência complementar, Rodrigues diz que está impressionado com a quantidade de decisões emanadas de órgãos reguladores e que são imediatamente contestadas por partes afetadas, direta ou indiretamente, sendo judicializadas.
“Nós sempre tivemos uma judicialização grande em torno de assuntos relacionados às entidades fechadas de previdência. Mas antes eram participantes e assistidos que buscavam uma revisão dos seus benefícios (...) o que a gente vê agora é algo novo. São associações representativas de aposentados e sindicatos em litígio com as entidades e com os patrocinadores. E isso é muito preocupante”, diz Rodrigues em entrevista à investidor, que publicamos à página 8. É uma entrevista que vale a pena ler.
Boa leitura a todos.