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B3 revisa metodologia e derruba fluxos do investidor estrangeiro

Investimentos globaisA B3 anunciou na última sexta-feira uma revisão das estatísticas de fluxo de entrada e saída de investidores estrangeiros, que mudaram radicalmente os resultados dos anos 2020, 2021 e 2022. Em 2020, o fluxo negativo de R$ 2,6 bilhões virou R$ 700 milhões positivos; em 2021 o fluxo positivo caiu de R$ 102,3 bilhões para R$ 41,5 bilhões; e em 2022, até 18 de maio, o fluxo positivo caiu de R$ 94,2 bilhões para R$ 67,8 bilhões.
A revisão ocorre após a operadora da bolsa identificar um erro metodológico, divulgado em 1º de abril de 2022, que retirou das estatísticas as operações de empréstimo de ações, por não envolverem aportes financeiros. As informações revisadas de 2022 foram divulgadas na ocasião, enquanto aquelas relativas a 2020 e 2021 estavam sob análise, em um processo agora concluído e divulgado.
Além disso, a B3 também está mudando a metodologia para cálculo dos dados de participação de investidores estrangeiros nas ofertas públicas (IPO e Follow On), passando a utilizar os dados de liquidação das operações realizadas no mercado primário nos sistemas da B3 ao invés das informações dos anúncios de encerramento das ofertas pelos emissores. Com isso, os dados passam a ser contabilizados em dias, ao invés do prazo prazo legal anterior de até seis meses.
Segundo a B3, a alteração reduz a chance de inconsistências no preenchimento das informações e, por ter a mesma metodologia de classificação usada no mercado secundário, permite a conciliação entre os dados de negociação desses investidores nos diferentes mercados.
Foram revisados os dados a partir de 2018, após a implementação das clearings integradas, para que reflitam a liquidação financeira realizada em D+2. Veja abaixo a revisão dos dados de investidor estrangeiro em 2020, 2021 e 2022, nos mercados primário e secundário.
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