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Aquisições de originadoras de crédito fortalecem Reag nessa área

João MansurReagCom aquisições nas últimas semanas de três empresas que atuam em originação de crédito, incluindo crédito consignado, crédito de condomínios empresariais e residenciais e crédito das áreas de esportes e entretenimento, a Reag começa a entrar forte nessa área. A intenção, segundo o CEO da Reag, João Mansur, é criar uma vertical forte em crédito. “Nossa intenção é nos posicionarmos também como uma casa de crédito”, explica.
A nova vertical, entretanto, ficará segregada das demais atividades da gestora, hoje com R$ 66 bilhões sob gestão nos segmentos de FIPs, FIDCs e Fundos Imobiliários, entre outros. A vertical de crédito fará parte da holding mas manterá uma estrutura própria, apartada, composta por três fundos de crédito, cada um ligado especificamente a uma das empresas recém adquiridas. Esses três fundos vão alimentar um feeder, esse sim a ser oferecido aos investidores. “Cada uma das nossas áreas de crédito terá um fundo específico para alimentar o feeder”, diz Mansur.
O feeder já tem, atualmente, cerca de R$ 100 milhões, mas deve chegar a R$ 200 milhões ao final deste ano, com aportes vindos principalmente dos atuais investidores da Reag, que incluem os segmentos de private e family-offices. Para o ano que vem, entretanto, o feeder será aberto à distribuidoras via plataformas, e a expectativa é que essa abertura, que trará o investidor de varejo, possa elevar seu patrimônio a R$ 1 bilhão até o final de 2023.
Também devem contribuir para esse salto no patrimônio a sinergia existente com outra aquisição da Reag, essa de janeiro último, quando comprou a Rapier Investimentos, uma gestora de patrimônio com R$ 200 milhões e sede no Rio de Janeiro. Com foco no “wealth management”, a aquisição da Rapier traz ao grupo um público complementar ao da Reag. Segundo Mansur, a Reag também mantém negociações com outra gestora de patrimônio, em vias de aquisição, mas diz não poder revelar detalhes da operação.
Outra aquisição feita pela Reag em janeiro deste ano foi a da CredBrasil, em janeiro deste ano, mas ainda aguarda aprovação do Banco Central. Assim que a operação for aprovada pelo BC, a Reag passará a oferecer à sua base de clientes também contas digitais e emissão de Cédulas de Crédito Bancário (CCBs).
Com cerca de 130 pessoas atualmente, e devendo chegar a 200 até o final do ano, a Reag faz a gestão de R$ 66 bilhões, principalmente em veículos como FIPs, FIDCs e Fundos Imobiliários. Já na área de administração fiduciária, onde também atua, tem R$ 72 bilhões em recursos administrados, dos quais R$ 66 bilhões são de gestão própria e R$ 6 bilhões de recursos de terceiros.