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BC terá plano de ação para inclusão de novos agentes de mercado e precificação adequada

O novo presidente do Banco Central, Robertos Campos Neto, apresentou em sua posse um plano de ação para facilitar a inclusão de novos agentes no mercado e melhorar a precificação dos produtos financeiros. No âmbito de inclusão, ele elencou a ampliação dos programas de microcrédito e o estímulo ao cooperativismo. "Experiências internacionais demonstram o sucesso dessas políticas", afirmou. "Iremos promover grupos de estudos junto a participantes do mercado e à sociedade civil para que possamos nos espelhar nos exemplos bem sucedidos e buscar adequá-los à realidade de nosso país e de cada uma de nossas regiões."

Outra ferramenta de inclusão passa pela utilização de plataformas digitais de crédito, que gerou as Sociedades de Crédito Direto (SCD) e as Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP). Paralelamente, segundo Campos Neto, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Ministério da Economia (ME) estão preparando um conjunto de medidas para a redução do custo burocrático e a simplificação das regras tributárias e de acesso aos mercados. "Essas medidas facilitarão a criação de mais instrumentos financeiros, tanto para quem quer investir quanto para quem quer captar recursos", ressaltou.

Do ponto de vista da precificação adequada dos produtos e serviços do sistema financeiro, o presidente do BC afirmou que irá aprimorar os instrumentos já existentes e incorporar novos. As centrais de garantias, por exemplo, vão operar "como mecanismo de diversificação de risco, oferecendo meios para redução da volatilidade dos mercados e contribuindo para uma melhor precificação". "Nesse sentido, é importante reduzir os custos operacionais e burocráticos e facilitar a entrada de pequenas e médias empresas e de investidores estrangeiros", destacou. "Para garantirmos a inserção do país no mercado internacional, é preciso, através de uma agenda de simplificação, fomentar a disponibilização de ferramentas de hedge cambial voltadas a investimentos de mais longo prazo."