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Capef retoma investimentos em FIPs e discute cenários para 2021

Marcos Miranda1 CapefA Capef - Caixa de Previdência dos Funcionários do BNB - retomou neste ano os investimentos em Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), selecionando dois fundos, um da Vinci Partners e outro do BTG Pactual, que estão em fase de chamada de capital para alocação. São R$ 24 milhões, R$ 12 milhões para cada um, com foco nos setores de infraestrutura digital, telecomunicações, água e saneamento, logística, saúde e varejo, informa o diretor de Administração e Investimentos da fundação, Marcos Miranda.
Ambos os FIPs integram os investimentos do plano de Contribuição Variável (CV) da entidade, com um perfil de participantes mais jovens. “Já tivemos FIPs no passado, antes desse veículo ter sido “demonizado” pelos investidores. No nosso caso, os resultados nem foram ruins e conseguimos sair bem dos investimentos feitos na época. Agora, consideramos que os FIPS voltam a ser uma alternativa interessante para diversificar”, diz Miranda.
No processo de seleção de gestores, a entidade segue uma determinação interna segundo a qual os escolhidos devem constar do grupo dos dez maiores gestores no ranking da Anbima.
Política de investimento - Na construção da sua política de investimentos para 2021, a Capef aguarda subsídios que virão das apresentações feitas em seu 27º seminário de Investimentos e Benefícios, nos próximos dias 23 e 24. O debate virtual deverá ajudar a definir os percentuais a serem alocados nas classes de ativos que mais interessam à fundação, conta o diretor. “Vamos reunir análises de cenários econômicos e projeções relativas aos segmentos em que temos maior interesse, como o da alocação no exterior, que já incrementamos este ano e poderá ter espaço para crescer mais a partir de 2021”. Um dos tópicos é o de investimentos sustentáveis – que seguem princípios ASG -, tema que já integra a política da entidade. Além disso, serão analisadas com destaque as estratégias para alocar em Fundos de Investimento Imobiliário, renda variável e private equity – FIPs. A continuar o juro tão baixo, os títulos públicos tendem a sair cada vez mais de cena.
“No final do ano passado, em nosso evento de investimentos, ninguém sonhava com a possibilidade de uma pandemia e tudo apontava para o maior apetite a risco, com destaque para os FIIs e fundos multimercados estruturados, como de fato antecipamos no início de 2020, antes da crise”. Os subsídios e insights discutidos durante o seminário deste ano serão transformados na minuta de política de investimentos de 2021 a ser encaminhada pelas instâncias de governança da entidade até chegar ao Conselho Deliberativo. “É preciso olhar para mais risco mas monitorar também algumas questões econômicas essenciais, como a situação fiscal do país. As políticas para 2021 terão que manter “um olho no peixe e outro no gato”, pondera Miranda.