Aditus apura rentabilidade média de 0,10% para EFPCs em setembro

Levantamento realizado pela Consultoria Aditus no mês de setembro junto a 119 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), com patrimônio somado de R$ 266 bilhões, apurou uma rentabilidade média de 0,10% no mês, inferior à média de agosto que foi de 0,37%. A rentabilidade média no ano até setembro é de 4,83% e a de 12 meses é de 8,78% (ver quadro abaixo).
O levantamento da Aditus divide os investimentos da EFPCs em doze classes, das quais as três que apresentaram as melhores performances em setembro foram ALM (títulos públicos), exterior renda variável e exterior renda fixa, com altas de 1,41%, 1,03% e 0,79%, respectivamente. Já as três que apresentaram as piores performances no mês foram renda variável passiva, renda variável ativa e fundos de investimentos imobiliários, com quedas de -6,65%, -6,22% e -1,63%, respectivamente.
A alta das Selic que vem sendo implementada pelo Banco Central nas últimas reuniões do Copom já começa a alterar o perfil de alocações das fundações. Enquanto a participação da classe ALM (títulos públicos) caiu de 40,41% em agosto para 36,34% em setembro, um tombo de 4,08 pontos percentuais, praticamente todas as outras alocações subiram, com destaque para renda fixa crédito (de 5,94% para 6,76%), renda fixa tradicional (de 11,38% para 12,27%) e renda fixa inflação (de 8,48% para 8,83%). Também subiram os multimercados EFPC (de 14,89% para 15,53%) e os multimercados estruturados (de 4,14% para 4,60%).
A Aditus destaca em sua análise de conjuntura que o FED (banco central americano) indicou que começará em novembro, nos Estados Unidos, a normalização de sua política monetária através da diminuição do ritmo de compra de ativos no mercado, o que influenciará a precificação de sua curva de juros. Na China, aumentaram as preocupações com relação à diminuição do ritmo de crescimento do país, por causa do risco de calote da Evergrande e da crise de energia que afeta a produção chinesa. No Brasil, além do cenário internacional já desfavorável, seguem em alta as projeções da inflação e da Selic, com consequente redução da expectativa de crescimento econômico em 2022. Além disso, a instabilidade na área política impede um avanço significativo da agenda de reformas.