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Previsc eleva percentual de exterior na política de investimentos

Esch Ricardo2Atenta à necessidade de descorrelacionar uma parte de seus investimentos do que acontece no mercado doméstico, a Previsc decidiu preencher completamente a caixinha de alocação no exterior em sua política de investimentos para 2022. O percentual aplicado em fundos que investem globalmente passará dos 6% dos recursos totais da entidade para 9,5%, informa Ricardo Esch, diretor de investimentos.
O principal motivo dessa decisão vai além da busca de mais rentabilidade, dando ênfase sobretudo à descorrelação para equilibrar as carteiras. “Se olharmos para os primeiros dias deste ano já temos uma amostra da importância desse movimento porque os mercados lá fora foram muito bem enquanto aqui foi um inferno por conta de fatores internos”, diz.
Com o cenário local mais pessimista e o internacional melhor sob o ponto de vista do crescimento econômico, aumenta a relevância de desatrelar essas duas perspectivas, assim como o limite de 10% permitidos pela Resolução 4.661, que está em vigor para os fundos de pensão. “Os novos cenários com os quais estamos convivendo exigem diversificar mais em investimentos que nos permitam melhorar rentabilidade e atingir metas; o exterior é um segmento para o qual sempre olhamos com atenção e ficou mais importante agora”, afirma Esch.
A discussão sobre a revisão da 4.661 nesse aspecto precisa ser retomada, aponta o diretor de investimentos da Previsc. Ele considera que seria razoável elevar o limite para 20% num primeiro momento “mas o regulador deve manter vigília constante sobre as regras para permitir que as fundações possam buscar resultados equilibrados”.
A Previsc, que administra uma carteira total de R$ 1,6 bilhão em ativos de 19 planos de benefícios, investe no exterior por meio de fundos de quatro gestores – três na classe de renda variável sem hedge cambial e um de renda fixa com hedge.