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Real Grandeza quer equilibrar crescimento em previdência e saúde

Sergio wilson RealGrandeza1Com o lançamento do seu plano família, previsto para este mês de março, a fundação Real Grandeza, entidade multipatrocinada pelas empresas Eletrobras, Furnas e Eletrobrás Eletronuclear, pretende deslanchar a mudança de seu modelo de negócios com um crescimento simultâneo das áreas de previdência e de autogestão em saúde.
O desenho foi inspirado pela reversão de demandas provocada pela pandemia, explica Sérgio Wilson Ferraz Fontes, diretor presidente da fundação, e permite que uma linha de produtos seja utilizada para impulsionar a outra, com produtos vendidos em conjunto ou separadamente a depender do perfil do instituidor/patrocinador.
A entidade tem atualmente 13 mil participantes nos planos de previdência, com patrimônio de R$18,5 bilhões, e conta 45 mil vidas atendidas no plano de autogestão em saúde. “Quando desenhamos o plano família, no período pré-pandemia, prevíamos dobrar a atual base de participantes na previdência e chegar a 26 mil pessoas porque uma pesquisa interna mostrou que havia receptividade da nossa massa de participantes para isso, mas a crise da Covid-19 reduziu a renda das pessoas e embaralhou um pouco a nossa expectativa de expansão em relação à previdência”, observa Fontes.
Ao mesmo tempo, houve um aumento na demanda pelos planos de autogestão em saúde, impulsionada pela pandemia e pela carência de atendimento competitivo nesse mercado. Diante disso, a agenda estratégica este ano é crescer nas duas linhas e usar a sinergia entre ambas para atrair novos clientes de modo que o plano família cresça junto com a autogestão em saúde.

Novos instituidores - O plano família será oferecido à atual base da fundação mas também a novos instituidores e patrocinadores, incluindo aqueles de outros setores da economia fora da esfera das empresas de energia. “Já temos feito contatos para isso, até porque no plano de saúde somos limitados pela regra da ANS (Agência Nacional de Saúde), segundo a qual as EFPC só podem oferecer planos de autogestão às empresas que pertençam ao mesmo setor de atuação de suas patrocinadoras, no nosso caso o de energia”, explica. A única maneira de avançar fora dessa base será conseguir patrocinadores de outros setores, esforço que ficará por conta da ampliação da área comercial da fundação este ano. A expectativa é atrair dois ou três patrocinadores este ano para a saúde, que terá condições de dobrar o número de vidas.
A fundação integra o pequeno grupo de entidades fechadas de previdência complementar que estão autorizadas a operar as duas áreas de negócios. “Estamos entre as cerca de 15 a 17 entidades habilitadas a administrar previdência e saúde, o que aumenta a nossa vantagem competitiva em relação a esse mercado”, afirma.
Além disso, o plano de saúde tem conseguido manter os preços compatíveis com a variação do IPCA e abaixo da inflação do setor médico, o que é visto como mais um diferencial na hora de buscar novos públicos.
O desenvolvimento, aprovação e implantação, ao longo dos últimos três anos, de produtos que atendem segmentos específicos da base de autogestão em saúde - um plano premium e dois planos regionais em cidades em que há rede da patrocinadora Furnas e que demandam estruturas locais-, deve ser outro fator de expansão futura. “Fizemos isso para atender às necessidades específicas da nossa atual massa de participantes mas esse trabalho nos capacitou a oferecer planos taylor made para outros públicos em 2022”, avalia.