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Economus anuncia fim do Novo Feas, seu plano de saúde subsidiado

saúdeO Economus, fundo de pensão dos funcionários da extinta Nossa Caixa, instituição comprada pelo Banco do Brasil no final de 2008, comunicou o encerramento do plano de saúde Novo Feas a partir de 08 de abril deste ano. Segundo a fundação, o plano, que abriga aposentados e pensionistas, assim como seus dependentes diretos, não é sustentável. “A falta de sustentabilidade do modelo de custeio justifica a extinção do plano Novo Feas (...) para evitar um prejuízo maior ao Instituto e aos participantesâ€, diz o comunicado do Economus.
O Novo Feas é um dos três planos de saúde subsidiados pelo Fundo Economus de Assistência Social (Feas), sendo os outros dois o Feas Básico e o Feas PAMC. Eles foram criados no final do século passado, com a previsão de serem custeados totalmente pelo Feas, fundo abastecido pelo resultado financeiro de duas empresas do Econômus existente à época, a Corretora de Seguros e Prestadora de Serviços. Com a extinção das duas empresas no início deste século, a fonte de receitas do Feas secou e o subsídio aos planos passou de total para parcial, instituindo-se a partir de 2010 a cobrança de contribuições mensais dos participantes.
Ao longo dos últimos anos o Economus tem noticiado que as reservas do Feas vinham se exaurindo, devido à um conjunto de fatores que vão desde processos judiciais iniciados por participantes que pleiteiam, e conseguem, a manutenção do subsídio total e o ressarcimento corrigido das contribuições vertidas por anos, até a variação do custo médico, sempre acima da correção das contribuições dos participantes, e a diminuição da rentabilidade do fundo, em consequência da queda da Selic.
“A Feas atingiu o limite de suas reservas e já não dispõe de recursos livres para assegurar a operação dos planos de saúde a ele vinculadosâ€, diz o comunicado. “As contribuições definidas com base na renda dos titulares acabam gerando desequilíbrio nos planos, na medida que os salários são reajustados anualmente por índices inferiores à variação dos custos assistenciais (inflação médica). O tamanho dos grupos familiares (a contribuição é paga com base no salário do participante, mas os benefícios estendem-se a toda sua família) é outro fator que contribui para o desequilíbrioâ€.
Segundo o Economus, a fundação “prestará todo o suporte aos pacientes internados em regime hospitalar ou domiciliar, com a cobertura assistencial mantida até a alta médicaâ€. A entidade informa ainda que está lançando o plano Economus Futuro, “com a mesma qualidade de atendimento e cobertura dos planos atuais mas com a segurança de um plano equilibrado e sustentávelâ€. Claro, sem o subsídio do Feas.
A fundação já mantém outros planos de saúde não vinculados ao Feas. Trata-se dos planos Plus, Plus II, Economus Família e Ecosaúde III. O Economus Futuro será o mais novo membro dessa família.
Apesar do fim do Novo Feas, a entidade manterá o funcionamento dos planos Feas Pamc e Feas Básico em virtude “do cenário de judicialização em torno desses planosâ€. Enquanto isso, busca uma saída, em conjunto com o Banco do Brasil, que é solidário com a entidade, nos processos judiciais impetrados pelos participantes.