A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, anunciou mudanças na polÃtica de investimentos do plano Previ Futuro, programadas para o perÃodo 2022-2028, que ampliam a exposição de risco desse plano. As mudanças, que encontram-se em andamento desde o inÃcio deste ano, incluem um aumento da participação de renda variável nos perfis de risco Moderado, Arrojado e Agressivo e também uma nova data alvo no perfil ciclo de vida.
Segundo a diretora de planejamento da fundação, Paula Goto, foi acrescentado 10% aos limites das faixas de renda variável para os perfis moderado, arrojado e agressivo. No caso do perfil moderado, a faixa de renda variável que ia de 0% a 20% foi ampliada para 0% a 30%; no arrojado a faixa que ia de 20 a 40% foi ampliada para 20% a 50%; e no agressivo a faixa que ia de 40% a 60% foi ampliada para 40% a 70%.
Além disso, a fundação criou um novo perfil ciclo de vida. O ciclo anterior contava com as datas-alvo de aposentadoria projetadas para 2030, 2040 e 2050, com o risco de cada carteira aumentando à medida em que a data alvo se tornava mais distante. Mas, recentemente, a patrocinadora promoveu concurso para a contratação de novos funcionários, com o ingresso de pessoas mais jovens, viabilizando assim a criação do perfil ciclo de vida 2060. São pessoas com uma projeção de aposentadoria para 2060, e devido à distância maior dessa data, podem suportar uma polÃtica de investimentos mais agressiva.
O maior apetite de risco do plano Previ Futuro (Contribuição Variável), que conta com uma carteira de investimentos de R$ 22,62 bilhões, deve-se à faixa etária dos seus participantes, que são basicamente participantes ativos, ao contrário dos participantes do Plano 1 (BenefÃcio Definido) que são majoritariamente assistidos. Devido à essa diferença de maturidade dos planos, o Plano 1, com uma carteira de investimentos de R$ 209,20 bilhões, desenvolve atualmente uma polÃtica de investimentos mais conservadora.
Ele paga, mensalmente, cerca de R$ 1,3 bilhões em benefÃcios. Segundo Paula Goto, que faz parte da organização Women Corporate Directors (WCD), a fundação está aproveitando a abertura da curva de juros para implementar sua estratégia de imunização de passivos, comprando mais NTN-Bs longas e reduzindo a participação em renda variável nas carteiras. Dessa forma, garante a disponibilidade de renda mensal para pagar as aposentadorias crescentes.