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Vivest rende 8,1% em 2021, batendo média das EFPCs mas não a meta

Jorge SiminoA Vivest, maior fundo de pensão de patrocinadores privados, fechou 2021 com uma rentabilidade consolidada 8,1%, maior que a média de 5,3% obtida pelo grupo de entidades fechadas de previdência complementar acompanhadas pela consultoria Aditus mas abaixo da sua própria meta atuarial, que chegou ao patamar de 22,9%.
A elevada meta atuarial da fundação é consequência , principalmente, da evolução do indexador da maioria dos seus planos, o IGP-DI, que chegou a 17,74% em 2021. No ano passado, o subplano BSPS rendeu 9,3%, o BD 5,4% e o CV 4,4%.
A rentabilidade do BSPS foi superior à dos demais planos por possuir maior concentração em títulos públicos NTN-C, que são atrelados ao IGP-DI. Também o plano CD II da Enel, com maior concentração de títulos públicos NTN-C, além de ações da Vale, rendeu acima da média dos CDs, registrando alta de 9,2% no ano. O plano, em razão da migração de recursos do PSAP/Eletropaulo, possui patrimônio total de R$ 3,3 bilhões.
A aceleração do IGP-DI ocorreu principalmente no primeiro semestre do ano passado. “Nesses seis meses, a oscilação do índice foi de 15%”, explica o diretor de Investimentos da Vivest, Jorge Simino Junior. No segundo semestre o IGP-DI se manteve estável, mas o mercado sofreu fortes turbulências em todos os ativos financeiros. “Houve impactos tanto em renda fixa quanto variável”, acrescenta Simino ao explicar a queda de -2,7% da carteira de ações da Vivest em 2021
Entre os ativos de melhor rentabilidade da Vivest no ano passado, o destaque ficou para os investimentos em renda variável no exterior, que registraram alta acumulada de 26,1%. “Essa alta significativa dos investimentos em renda variável no exterior foi puxada pela variação cambial do período, de 7,4%, e pelo desempenho do S&P 500, principal índice da Bolsa de Valores norte-americana, que subiu 26%”, explica. “O resultado poderia ser ainda melhor se não fosse o limite previsto em lei, de 10% para alocação no exterior”.