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Prece recupera valor da cota em plano CV

Com rentabilidade de 1,61% em janeiro deste ano, a cota do plano CV da Prece - entidade de previdência da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, Cedae – alcançou o valor de R$ 2,04. O resultado reflete o esforço que vem sendo feito pela diretoria da casa desde janeiro de 2018, quando três planos administrados pela entidade precisaram iniciar processo de recuperação frente ao défault provocado pela provisão para ativos duvidosos feita em 2017.
Em 2017, por determinação da Previc, a entidade registrou baixa contábil de R$500 milhões nos seus planos para fazer frente à provisão para ativos adquiridos no período de 2003 a 2006. Com isso, a cota do plano CV caiu de R$ 1,75 para R$ 1,45 entre os meses de janeiro e dezembro daquele ano, com desvalorização superior a 17%.
“O valor atingido pela cota do plano CV neste ano mostra uma recuperação importante, que reflete o efeito positivo das estratégias de investimento e diversificação de portfolio nesse período, mesmo passando por dois anos de pandemia”, explica Antonio Carneiro Alves, diretor de investimentos.
O apoio da diretoria executiva e do conselho deliberativo tem sido fundamental nesse processo, diz Alves. Os ativos problemáticos, que levaram à provisão, haviam sido adquiridos entre 2003 e 2006.
Em 2021, o plano BD da entidade conseguiu superar sua meta atuarial, com rentabilidade de 15,21% contra uma meta de 15,01%. A rentabilidade média dos cinco planos administrados ficou em 10,26%, sendo que em quatro deles o retorno ficou abaixo das metas mas acima da rentabilidade média consolidada das EFPCs calculada pela consultoria Aditus, que foi de 4,77%.
Com patrimônio total de R$ 2,25 bilhões – dos quais R$ 458,2 milhões ainda em dívida da patrocinadora -, a fundação enfrenta no primeiro semestre uma série de eventos financeiros impactantes, lembra o diretor. “Estamos em meio à migração de um plano BD para plano CD, a um novo plano de demissão voluntária (PDV) na patrocinadora e temos a expectativa de antecipação de parte da dívida da patrocinadora face à possível perda de liquidez decorrente dos efeitos da privatização da empresa", conta.
Além disso, em julho será feita a revisão da política de investimentos, que poderá eventualmente trazer novas metas de alocação macro e micro.