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Previ repudia nota do Globo referente à follow on da BRF

A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, publicou em seu site uma nota refutando haver qualquer tipo de irregularidade no investimento de R$ 350 milhões feito por ela no follow on da BRF, empresa da qual é acionista. A denúncia de irregularidade foi feita pelo colunista Lauro Jardim na edição de hoje do jornal “O Globo” e reproduzida pelo site do jornal “Valor Econômico”. Segundo Jardim, o aporte teria sido aprovado pela diretoria da fundação por cinco votos contra um, contrariando pareceres elaborados pelas áreas técnicas das diretorias de investimentos e de participações. A decisão de investimentos teria se baseado em parecer feito por Denisio Augusto Liberato, diretor de participações da entidade desde 2020.
De acordo com a nota de Jardim, uma denúncia anônima levada ao comitê de auditoria da Previ, que é um órgão independente, resultou numa investigação interna para analisar a operação. A nota da Previ diz que “o aporte no follow on de BRF foi realizado de acordo com os princípios regulatórios vigentes”. Acrescenta que “as decisões de investimentos e desinvestimentos são tomadas sempre em alçadas colegiadas. Neste caso, a Diretoria Executiva deliberou pela participação no referido follow on. Cabe ressaltar que a Previ prioriza negócios em mercados organizados e respeita fielmente todos os padrões legais e regulatórios em transações societárias”.
Ainda segundo a fundação, uma "auditoria interna, vinculada ao órgão máximo da entidade — o Conselho Deliberativo —, foi designada para apuração dos fatos, inclusive quanto a produção e divulgação de informações inverídicas com intuito de desgastar a imagem da Entidade”.

Petros questiona BRF - A operação da BRF provoca polêmica desde que foi anunciada. No início do ano a Petros, fundo de pensão da Petrobras, questionou a empresa sobre o follow on em questão. Dona de 7,01% do capital social da BRF, a Petros alegava que a BRF não deixava claro na sua proposta qual seria a destinação dos recursos captados junto ao mercado, cujo montante poderia chegar a cerca de R$ 6,6 bilhões pela cotação da ação na época, de R$ 23,00.
A BRF publicou carta aberta ao mercado explicando que usaria parte dos recursos para melhorar sua situação financeira, reduzindo o nível de alavancagem para abaixo de 2 vezes o Ebtida. Além disso, com um caixa mais confortável, poderia enfrentar uma eventual condenação da Controladoria Geral da União (CGU) em relação a uma resolução de procedimentos em andamento. A última parte dos recursos seria usada para a implementação de seu planejamento estratégico de longo prazo, incluindo expansão das operações no mercado doméstico e exterior e também a diversificação no segmento de pet food.