A BR Malls informou nesta segunda-feira (21/03) que o fundo de pensão canadense CPPIB (Canada Pension Plan Investment Board) passou a deter 89.399.694 ações ordinárias de sua emissão, correspondentes a 10,24% do seu capital social, incluindo participações direta e indireta (por meio de fundos exclusivos com gestão discricionária e de sociedade da qual participa do bloco de controle). A empresa não informa como o fundo de pensão canadense ampliou sua posição acionária.
A CPPIB é a maior acionista da Aliansce Sonae, operadora de shoppings centers que fez oferta hostil de compra de parte das ações da BR Malls, a qual foi rejeitada pela empresa na última quinta-feira (17/03). A BR Malls informou que o conselho de administração da companhia decidiu, por unanimidade, recusar a nova proposta não solicitada de combinação de negócios enviada pela Aliansce Sonae, após análise e debates com seus assessores legais e financeiros.
A Aliansce Sonae também detém participação acionária na BR Malls, mas não há informações do volume da mesma, nem de quanto somaria a participação da CPPIB e da Aliansce Sonae conjuntamente. A partir dessa posição acionária conjunta, entretanto, a controlada da CPPIB quer forçar a convocação de uma assembléia de acionistas da BR Malls na qual apresentaria sua proposta de compra, mas o board da empresa tenta barrar o encontro.
"A Nova Proposta Não-Solicitada (da Aliansce Sonae) continua subavaliando, consideravelmente, o valor econômico justo da Companhia e do seu portfólio de ativos, vez que apresentou um incremento de preço insuficiente e, portanto, ainda não atende aos melhores interesses dos acionistas da brMalls. Nesse contexto, a proposta apresentada não constitui base de preço para iniciar negociação dos documentos de eventual combinação de negócios", divulgou a companhia em nota.
