Mainnav

Para Mendes, consolidação dos fundos de pensão é uma tendência

Walter MendesO presidente da Vivest, Walter Mendes, avalia que a consolidação no setor de fundos de pensão tende a crescer, principalmente a partir daquelas fundações de pequeno e médio porte que não consigam alcançar uma escala capaz de manter equipes de gestão com profissionais especializados. As duas últimas grandes conquistas da Vivest, a fundação da Ford no final do ano passado, e a da Vem Conveniência no início deste ano, mostra o foco de prospecção da Vivest. “O processo de consolidação do mercado previdenciário está se aprofundando”, diz Mendes.
O caso do fundo de pensão da Ford foi um processo muito específico, ditado pela saída da sua patrocinadora do mercado nacional, fechando a fábrica de Camaçari (BA), a de Taubaté (SP) e a de Horizonte (CE). Ao final do ano passado, quando a Fundação Ford foi incorporada pela Vivest, eram 8 mil participantes e um patrimônio de R$ 1,4 bilhão. Segundo Mendes, “alguns planos pequenos estão sendo fechados e os participantes já estão vindo”. Para o dirigente, a conquista da fundação Ford “abre portas ao ingresso de planos de outras multinacionais, com patrimônio até maiores, entre R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões”.
Já o caso da Vem Conveniência, uma joint-venture da Vibra (nome que a Br Distribuidora adotou após sua privatização) com a Lojas Americanas para atuar no ramo de lojas de conveniência instaladas em postos de combustíveis, é um pouco diferente. Com 540 funcionários no início deste ano, a Vem está começando um novo plano do zero. O plano, que ainda está em fase de formalização perante os órgãos reguladores, abre espaço para novos relacionamentos com empresas importantes, do mesmo nível das suas controladoras Vibra e das Lojas Americanas.
Segundo Mendes, a principal razão ela qual fundações de pequeno e até de médio porte tendem a migrar para estruturas multipatrocinadas maiores é a crescente complexidade, e também o custo, de administrar uma fundação de previdência. “Crescem as exigências regulatórias, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige estruturas complexas, assim como a gestão dos ativos e dos passivos da entidade, principalmente em cenários voláteis como o que o Brasil e o mundo vivem hoje”, diz.