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Fundos de pensão globais têm prejuízo com ativos em criptomoedas

criptomoedasFundos de pensão norte-americanos e canadenses que investiram no segmento de criptomoedas nos últimos anos estão amargando perdas em suas carteiras. É o caso, por exemplo, do canadense Caisse de Depot et Placement du Quebec (CDPQ), que investiu US$ 150 milhões em ações na Celsius Network em outubro do ano passado como parte de uma rodada de financiamento de US$ 400 milhões co-liderada pela WestCap Investment Partners LLC. Em julho último, a Celsius Network, uma instituição financeira com foco em criptomoedas, entrou com pedido de proteção de falência.
Nos Estados Unidos, o Firefighters Relief and Retirement Fund, fundo de pensão dos bombeiros de Houston, investiu US$ 25 milhões nas moedas bitcoin e ether. Desde outubro passado, quando a fundação anunciou o investimento, essas duas criptomoedas já caíram mais de 50%.
Embora algumas entidades de previdência estejam investindo diretamente em criptomoedas, como é o caso do CDPQ e Firefighters Relief and Retirement Fund, esse não é o processo mais comum. Alguns institucionais globais que não possuem posições diretas nessa classe de ativos, participam desse mercado através de fundos de investimento que alocam em criptos.
A busca por esses ativos não tradicionais acontece em função da queda das remunerações dos títulos públicos nos países desenvolvidos, que tem levado os gestores de investimentos a correr mais risco para tentar obter um retorno acima das suas metas atuariais. Tradicionalmente, essa busca de mais risco para obter mais retorno, era direcionada a ativos como private equity, ativos imobiliários e investimentos em áreas florestais.
Nos últimos anos, entretanto, as criptomoedas começaram a atrair alguns gestores de fundos de pensão. Órgãos reguladores mostram-se preocupados com a novidade. O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, por exemplo, afirmou que essa classe de ativos deve ser olhada com “extrema cautela”.