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Real Grandeza seleciona BlackRock e Itaú para aplicar em ETFs

Sergio_wilson_RealGrandeza1.jpgA fundação Real Grandeza avançou no processo de terceirizar 100% de seus investimentos, exceto os de renda fixa e, ao mesmo tempo, diversificar mais em novas classes de ativos. A primeira etapa será a estréia em investimentos no exterior, com a seleção da BlackRock e do Itaú para aplicar em ETFs. “Vamos começar no mercado internacional alocando em ETFs de S&P com essas duas casas. Decidimos há cerca de dois meses mas ainda não fizemos a primeira aplicação”, informa Sérgio Wilson Ferraz Fontes, diretor-presidente.
A investida global será seguida pela escolha dos gestores para fundos multimercados, em fase final de negociação de taxas, outra classe em que a fundação ainda não investe.
Depois disso, a fundação, cujo patrimônio soma R$ 18,6 bilhões, pretende fazer uma reavaliação do seu quadro de gestores externos de renda variável, classe em que aloca 16,5% dos ativos do plano BD e 23,9% dos ativos no plano CD. ”Vamos reavaliar esse quadro, mas eles já atuam há cinco anos conosco e têm entregado mais do que o benchmark, com uma boa performance”, afirma Fontes.
O objetivo é fazer com que a equipe interna fique responsável apenas pela estratégia, seleção e monitoramento dos gestores e análise. Toda a parte operacional será terceirizada.
Outra reestruturação envolveu o time próprio de investimentos. “Estamos colhendo hoje, em nossos planos, os primeiros resultados de uma mudança nessa área”, diz. Sem orçamento compatível com a retenção de talentos numa equipe numerosa, que chegou a 20 pessoas, a opção foi buscar maior eficiência e montar um time mais enxuto e especializado, melhor qualificado inclusive em conhecimentos de tecnologia.
“Hoje a área de investimentos tem 11 pessoas, trouxemos craques em tecnologia e investimentos, profissionais altamente qualificados. Isso nos permitiu ganhar em agilidade, eficiência e concentração”, conta.
A “mágica” também melhorou salários e condições, fazendo com que a fundação parasse de perder profissionais para o mercado. “Investimos em capital humano e em capital tecnológico, incluindo uma biblioteca de algoritmos e códigos (inteligência de dados) que confere maior poder de análise.

Rentabilidade - No dia 30 de setembro, o plano de Benefício Definido (BD) registrou rentabilidade de 9,7% no acumulado do ano frente à meta atuarial de 7,9% (INPC mais 4,74%), embora ainda tenha ficado abaixo da meta no período de 12 meses. Já o plano de Contribuição Definida (CD) acumulava retorno de 7,9% no ano, ainda inferior à meta de 9,9% (IGP-DI mais 3,94%). “Em outubro,entretanto, depois de dois anos, os nossos dois planos irão superar as metas em ambos os períodos, no acumulado do ano e dos últimos 12 meses, o que já aparece nos resultado dos primeiros dias deste mês”, avalia.
Até o dia 04 de outubro, o retorno no ano passou a ser de 10,8% para o plano BD e de 9,4% para o plano CD, batendo com folga as metas que recuaram, por conta da menor inflação no mês de setembro, e ficaram respectivamente em 7,2% no BD e 6,8% no CD. Em 12 meses até o dia 04, as rentabilidades foram de 12,6% no BD e de 11,4% no CD, ambas acima das metas de respectivamente 10,9% e 10,7%.