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Plano 2023-2027 da Petros dá ênfase em “imunização” das carteiras

Ativos financeirosA Petros, fundo de pensão que tem a Petrobras como principal patrocinadora, aprovou o documento Políticas de Investimentos 2023-2027, que orienta as estratégias para a gestão dos ativos e a aplicação de recursos dos planos. O avanço na estratégia de imunização das carteiras dos planos de benefício definido, buscando reduzir risco e dar maior previsibilidade de retorno, é a principal diretriz do documento aprovado pelo Conselho Deliberativo (CD) da fundação.
Segundo o documento, a fundação quer aproveitar a mudança de patamar nas taxas de juros, atualmente acima da meta atuarial, para adquirir títulos públicos federais e contabilizá-los como marcados a mercado ou na curva, conforme a legislação permite, casando seus fluxos de caixa com os compromissos de pagamento aos aposentados e pensionistas. Segundo a entidade, o percentual de imunização das carteiras dos planos de benefício definido aumentou de 5% para 50% ao longo de 2022, e a meta para este ano é imunizar no mínimo 80% dessas carteiras.
Adotando uma estratégia diferente para cada tipo de plano, segundo suas características e nível de maturidade, uma maior exposição à renda variável será adota para planos em fase de acumulação, como o PP-2, por exemplo. No segmento imobiliário, será dada continuidade à estratégia de redução da vacância, que foi implementada em 2019, que já conseguiu reduzir o índice de vacância em 22 pontos percentuais, atingindo 20% em dezembro de 2022.
Para os investimentos estruturados, estão vedadas novas alocações em Certificados de Operações Estruturadas (COE) e em Fundos de Investimentos em Participações (FIP), e para exterior busca-se a proteção das carteiras através da descorrelação com ativos locais. Neste ano a fundação segue com as alocações em “hedge funds” globais, que buscam retorno em qualquer cenário econômico e de mercado, e mais adiante, “caso a perspectiva global se configure favorável (se buscará) posições em ativos de renda fixa e renda variável globais.
O documento também fala da “observância a requisitos ambientais, sociais e de governança na gestão proprietária e nas empresas nas quais investimentos”, citando contar desde 2019 “com o apoio de uma consultoria externa para integrar os aspectos ESG nos processos de análise econômico-financeira de empresas e de gestão de investimentos”.