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Turim estréia junto às EFPCs com mandato da Inovar Previdência

Sérgio CamposTurimA Turim, gestora independente de patrimônio com 22 anos de atuação e especializada no modelo de multifamily-office, passou a dar foco especial ao segmento de clientes institucionais em 2022 e no final do ano conquistou o seu primeiro mandato de entidade fechada de previdência complementar, para a Inovar Previdência. A casa foi selecionada por meio de um processo que avaliou três gestores.O mandato, que está em seu primeiro mês de vigência, é exclusivo da entidade e voltado para alocação no exterior, com um portfolio multiclasses balanceado, informa Sérgio Campos, head de clientes institucionais que foi incorporado ao time da Turim no ano passado.
Com um total de 99 clientes, onze dos quais são institucionais, a gestora havia entrado nesse nicho em 2018, por meio de um mandato para uma fundação de cunho social, mas agora está preparada para ganhar terreno também entre os fundos de pensão. Além das fundações sociais, a gestora considera como parte desse segmento as EFPCs e os endowments.
“O passo que demos em 2022 é um movimento natural de evolução para gestores de patrimônio, uma vez que os pilares de gestão dos diferentes tipos de clientes são parecidos, com foco na preservação de capital e na diversificação de portfolios. O foco direcionado aos institucionais também nos dá uma perspectiva mais abrangente de investimentos”, afirma.
A casa tem hoje mais de dois terços de seus ativos alocados no exterior e não tem fundos próprios, mas constrói portfolios por meio de um universo de 500 gestores que estão no seu radar tanto no Brasil quanto lá fora.  “Nosso modelo é diferenciado pois somos 100% independentes, não temos produtos próprios, temos total alinhamento de interesses e todos os ganhos e rebates dos mandatos pertencem aos clientes. Isso nos dá conforto para escolher os gestores mais adequados a cada mandato” observa.
O modelo de investimento no exterior não utiliza os feeders locais mas fundos exclusivos constituídos pela gestora no País e que investem diretamente off-shore, um desenho que aumenta a abrangência das opções lá fora, inclusive com gestores de nicho, que são acessados diretamente. Entre os mandatos em discussão atualmente com as EFPCs há fundos de alocação no exterior mas também fundos para investir em ações no mercado doméstico. “Mesmo as entidades que saíram machucadas de aplicações anteriores em exterior estão voltando a conversar sobre o tema”, afirma.
A carteira ideal de exterior hoje é bastante balanceada, com um pouco de ações e parcelas maiores de renda fixa e multimercados,o que é importante diante da volatilidade dos mercados e das mudanças de humor que acontecem rapidamente. “Até a semana passada, a perspectiva do juro nos EUA era de novas subidas, mas a quebra do Silicon Valley Bank, que levou o mercado americano a uma pseudo crise bancária, inverteu essa direção, então as projeções tem sido alteradas muito rapidamente”, aponta. A postura da gestora é conservadora e o seu portfolio está bastante líquido porque vinha mais leve em posições nos diferentes mercados. A perspectiva de análise hoje é de que o ciclo de alta do juro no mundo e no cenário doméstico está perto do fim. “O ano está volátil mas, ao contrário de 2022, há mais oportunidades para aproveitar os preços dos ativos com boa margem de segurança”, avalia.