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Pena defende segmento de baixo carbono e aperfeiçoamento de FIPs

ricardo pena2O superintendente da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), Ricardo Pena, defendeu a criação de um segmento de investimentos em economia de baixo carbono para as EFPCs. A fala de Pena foi feita em evento regional da Associação Brasileira das Entidades de Previdência Complementar nesta quarta (19/4). Na sua apresentação, ele também defendeu o aperfeiçoamento das regras de investimentos em Fundos de Investimento em Participações (FIPs) e afirmou que é necessário hierarquizar as prioridades diante do atual cenário de escassez financeira do governo.
Entre as oito prioridades elencadas pelo superintendente, publicadas com exclusividade por Investidor Institucional em 17/2 (clique aqui para ver), estão o resgate dos direitos e proteção dos interesses dos participantes e assistidos, a descriminalização dos fundos de pensão e incentivo à gestão regular, fomento do crescimento da previdência complementar, implantação efetiva da supervisão baseada em riscos, revisão da financeirização dos planos de benefícios, aprovação do novo regime sancionador, reincorporação do segmento de imóveis e aperfeiçoamento dos investimentos em FIP e abertura de um segmento de aplicação em economia de baixo carbono, e fortalecimento da atuação da Previc no desenvolvimento da previdência complementar.
Também participou do evento o secretário dos regimes próprio e complementar, Paulo Roberto dos Santos Pinto, se mostrou favorável à rediscutir a atual vedação dos investimentos diretos em imóveis e defendeu a importância do fomento ao sistema de fundos de pensão, ligando o tema ao projeto de reforma tributária a ser apresentado.
O diretor do departamento de políticas e diretrizes de previdência complementar, Narlon Gutierre Nogueira, destacou a força e sustentação do sistema, lembrando que as entidades fechadas de previdência complementar encerraram 2021 com um déficit agregado de R$ 36 bilhões, valor que reduziu para R$ 16 bilhões em 2022, apesar dos desafios vividos no ano passado. Ele ainda ressaltou a rentabilidade das entidades nos últimos 10 anos, com retornos superiores aos índices de referência, e o fato de que as entidades fechadas desembolsaram 95% do total de benefícios pagos pela Previdência Complementar.