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FIPs elevam rentabilidade da Prevcom a 3% no primeiro trimestre

Francis NascimentoA Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (Prevcom) encerrou o mês de março com rentabilidade mensal consolidada de 1,74% em seus investimentos, o que elevou a rentabilidade consolidada do trimestre para 3%, informa Francis Nascimento, diretora de investimentos. Segundo ela, o resultado do trimestre ficou acima da média do grupo de Entidades Fechadas de Previdência Complementar acompanhadas pela consultoria Aditus, que ficou em 2,32% no ano.
“O desempenho da Prevcom no trimestre pode ser atribuído “principalmente à nossa participação em dois FIPs (Fundos de Investimento em Participações), que tiveram a apuração de seus resultados de 2022 feita em março”, explica Nascimento.
Os dois fundos, um deles voltado a investimentos em ativos da economia real e o outro um fundo de impacto - cujo objetivo é investir em ativos de empresas que busquem maximizar impactos positivos sobre fatores sociais e ambientais, além de gerar bom desempenho empresarial e ter integração ESG apropriada -, ambos do BTG Pactual, atingiram retornos anuais de respectivamente 17% e 11% em 2022. "Os fundos de renda fixa foram bem em março, e os multimercados também, mas foi a performance dos FIPs que nos assegurou esse diferencial de rentabilidade, até porque a carteira de ações teve impacto negativo no mês", afirma.
“Os FIPs representam hoje 5% de nossa carteira total de investimentos, mas já subscrevemos também três outros fundos dessa classe, das gestoras Pátria, Vinci e Spectra, em cujas cotas ainda não fizemos investimentos”, diz.
A subscrição veio na esteira da decisão, tomada em setembro de 2022, que eleva de 5% para 10% dos ativos totais o percentual máximo de exposição a FIPs previsto na política de investimentos da entidade e que leva em conta o potencial de geração de alfa desses fundos. Por enquanto, explica a diretora, a fundação mantém apenas 5% dos seus ativos alocados em bolsa, sem qualquer apetite para aumentar essa exposição, e prefere sustentar uma postura conservadora, com 85% de seus ativos aplicados na renda fixa, em fundos de títulos públicos. O exterior tem 2,4% do total e os fundos imobiliários representam 2,3% dos ativos.