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95 EFPCs tinham exposição à Americanas, mostra pesquisa da Abrapp

Lojas AmericanasPesquisa realizada pela Abrapp com 114 associadas indica que 84% delas tinham posições em Americanas, varejista que anunciou problemas contábeis no início do ano e que na sequência se caracterizaram como verdadeiras fraudes contábeis. O valor dos ativos da empresa derreteram e levaram prejuízos a muitos fundos de pensão. Das 95 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) que tinham exposição aos ativos da Americanas, apenas duas tinham ativos de renda fixa em carteira própria ou fundo exclusivo gerido pela própria entidade. Outras 25 tinham ativos em fundos exclusivos geridos por terceiros, 41 em fundos condominiais, 10 tanto em fundos exclusivos quanto condominiais, 17 não possuíam debêntures.
Na renda variável, das 95 entidades com exposição à Americanas, 8 tinham ações ou ETFs em carteira própria ou fundos exclusivos, 18 em fundos exclusivos geridos por terceiros, 41 em fundos condominiais, 7 nas duas opções anteriores e 21 não possuíam ativos de renda variável.
Para monitorar e analisar possíveis providências a serem tomadas para recuperação de valores investidos, inclusive com o uso de medidas judiciais e arbitrais, a Abrapp criou uma comissão composta por dirigentes e especialistas do setor. Além de monitorar a situação da varejista, a comissão irá acompanhar também as perdas dos fundos de pensão com a Light, distribuidora de energia que entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro há menos de duas semanas (12/5).
Segundo o presidente da Abrapp, Jarbas Antonio de Biagi, “deliberamos pela constituição de uma comissão para realizar o acompanhamento, monitoramento e a recuperação dos ativos de Americanas. Também falamos sobre a recuperação da Light e de suas consequências sobre o sistema”, disse
Segundo Biagi, “é fundamental ressaltar que as entidades, no papel de investidores, atuaram de maneira correta, seguindo todos os normativos internos e regras de governança necessárias. Ou seja, temos convicção que o Ato Regular de Gestão foi cumprido por todas as entidades, mas apesar disso, os ativos sofreram perdas devido a uma fraude contábil”, explicou Biagi referindo-se ao caso Americanas.