A partir de 2024, as carteiras de investimentos da fundação Real Grandeza serão definidas de acordo com uma ferramenta interna desenvolvida pela entidade para substituir os estudos de ALM feitos externamente e que impunham muitas trocas nas carteiras, explica PatrÃcia Queiroz, diretora de investimentos. “Essa decisão integra um trabalho de modernização dos nossos processos que vem sendo feito há quase quatro anos no âmbito da diretoria de investimentosâ€, afirma.
O objetivo é fazer com que o novo modelo de investimento transforme a fundação em alocadora de recursos, com carteiras mais diversificadas, uma parte na macroalocação e outra parte com gestores externos.
A substituição do ALM pretende adicionar qualidade à discussão interna sobre estratégias. "A nossa maior preocupação nesses estudos era com o ALM, porque estávamos incomodados com tantas mudanças", diz Queiroz.
Um backtesting das carteiras avaliou o impacto das trocas impostas pelos estudos de ALM de empresas externas ao longo do tempo. De acordo com Felipe Cosi, gerente de investimentos, o backtesting mostrou que nos últimos onze anos a fundação escolheu onze estratégias diferentes para suas carteiras, uma para cada ano, seguindo a orientação dos diversos ALMs.
“Comparamos os resultados desse perÃodo com os resultados que terÃamos obtido caso tivéssemos carregado qualquer uma dessas carteiras ao longo dos onze anos, sem mudanças. A conclusão apontou que o desempenho dos nossos investimentos, com qualquer uma delas, teria sido melhor do que o retorno obtido depois de tantas trocasâ€, diz.
O objetivo a partir de agora é ter uma carteira estratégica mais estável ao longo do tempo. O modelo foi 100% desenvolvido dentro de casa e está sendo usado para escolher os objetivos de rentabilidade de longo prazo. “Além disso, estamos adotando essa ferramenta também para saber o quanto o participante aguenta no curto prazo uma rentabilidade ruim em cenário de estresseâ€, explica Cosi.
