Mainnav

Funcef supera metas e registra melhor desempenho em cinco anos

Alenir Romanello diretora de investimentos da FuncefDepois de cinco anos sem bater metas atuariais em todos os planos, a Funcef fechou 2023 com sua carteira de investimentos consolidada superando esse objetivo em todos eles simultaneamente, informa Alenir Romanello, diretora de investimentos e participações da entidade. O Novo Plano CD e novo REB CD, ambos de Contribuição Definida (CD), renderam 14,03% e 14,31%, nessa ordem, enquanto o Replan Saldado e o Replan Não Saldado, de Benefício Definido (BD), renderam 11,79% e 12%, respectivamente. Já o Novo Plano BD e o REB BD renderam 11,38% e 10,86%, na mesma ordem. A meta atuarial dos planos foi de 8,2% no ano (INPC + 4,5%).
“Esse foi o melhor resultado da entidade em cinco anos e reflete em grande parte o trabalho implementado no segundo semestre para o aprimoramento da equipe de gestão e dos processos. Apesar da unificação das duas diretorias, a de investimentos com a de participações societárias e imobiliárias, a área elaborou estratégias de diversificação de carteiras e aproveitou ótimas janelas de oportunidades”, diz.
Segundo ela, o novo modelo adotado na área de investimentos resultou em impactos muito positivos nos resultados dos planos, embora a elevada rentabilidade da renda variável, que chegou a 20% no ano graças à melhoria dos mercados acionários nos meses finais de 2023, também tenha ajudado bastante a performance.
Ao assumir a diretoria em abril/maio de 2023, Romanello precisou enfrentar o desafio dessa unificação, que produziu um enxugamento do time. “Reduzimos a equipe e em quinze dias mudamos o espaço físico ocupado, tratando também da gestão de pessoas para empoderá-las e dar maior confiança a elas”, explica.
A unificação das áreas foi estendida também à seleção de gestores terceirizados e à gestão diária dos investimentos . As mudanças foram implementadas ao longo do segundo semestre do ano passado, incluindo uma revisão de processos e a implantação de comitês estratégicos.
Entre outros aspectos, Romanello enfatiza o processo de reestruturação da carteira imobiliária da entidade no período, com a venda de imóveis e o aumento dos fundos de investimentos imobiliários (FII). “Dos R$ 400 milhões em FIIs, passamos a ter hoje R$ 1,2 bilhão alocados nesses veículos, que tiveram performance muito positiva no ano e refletem a melhor estruturação dessa classe”, informa.
Os investimentos no exterior, iniciados em julho de 2023, também representaram uma mudança relevante. A alocação internacional responde hoje por 1,2% dos ativos totais, trazendo maior diversificação ao portfólio por meio de investimentos que são feitos apenas pelas massas CDs dos planos e com gestão 100% terceirizada.