Mainnav

Fachesf seleciona novos gestores e aloca mais em crédito privado

Felipe AndradeFachesfA Fachesf concluiu ontem (11/06) o processo de seleção de quatro gestores para fundos de crédito privado abertos, líquidos, iniciativa que irá ampliar o alcance de sua alocação nesse mercado, explica o diretor de administração e finanças da entidade, Felipe Andrade. “Com a aprovação dos novos gestores – Sul América, JGP, Bradesco e Root -, que serão responsáveis pela gestão de R$ 200 milhões distribuídos entre quatro novos fundos, de perfil mais high grade, vamos entrar no universo dos veículos líquidos de crédito privado”, diz.
Até agora essa alocação estava restrita a um dos planos de benefício e era feita apenas por meio de fundos fechados, de longo prazo, que respondem hoje por 3,5% dos ativos totais de R$ 8,4 bilhões da Fachesf. Esses fundos fechados serão mantidos, o que significa que a nova alocação irá quase dobrar o percentual investido na classe. “Além disso, todos os planos passarão a ter acesso aos mesmos fundos, mudando apenas o percentual a ser alocado por meio do fundo consolidador de crédito privado”, explica.
O crédito privado é uma prioridade de investimentos da entidade e vem logo depois dos títulos públicos, que hoje ocupam 45% da carteira total, sendo a grande maioria deles com marcação na curva. A mudança integra um plano mais amplo de revisão de toda a carteira de investimentos, que começou a ser preparado a partir de agosto de 2023, quando Andrade assumiu a diretoria da área. “Temos discutido esse ajuste de modo a deixar a carteira mais adequada à nossa visão”, explica.
Nas duas próximas semanas deverão ser concluídos os processos de seleção para gestores de fundos IMAB-5 e de fundos multimercados. No início de julho, a entidade espera aprovar também novos gestores de fundos de renda variável. A revisão, informa o diretor, inclui ainda uma nova estrutura das alocações.
Em maio de 2024, a entidade vendeu R$ 787 milhões em NTN-Cs, títulos públicos indexados ao IGP-M, dentro do processo de imunização do passivo. O objetivo foi reduzir o risco de descasamento entre ativos e passivos, diz Andrade, uma vez que a fundação trocou seu indexador no ano passado, adotando o IPCA em lugar do IGP-M.