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Reciprev vai investir mais R$ 400 mil em sistema próprio de gestão

O Reciprev, o regime próprio de previdência social (RPPS) dos servidores de Recife, se prepara para investir mais R$ 400 mil no aperfeiçoamento do seu sistema próprio de gestão de investimentos, que entrou em operação em fevereiro e demandou, até o momento, aportes de R$ 450 mil. A injeção adicional de recursos servirá para a criação de novas funções, a execução de ajustes e a solução de pequenos “bugs” do programa, que começou a ser desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) no segundo semestre de 2020.
“Já aprovada pelo Reciprev, a renovação do convênio com a UFPE aguarda apenas a chancela do reitor da universidade. Tudo deverá estar formalizado até o início do próximo mês”, comenta José Marcos Alves de Barros, gerente de investimentos do RPPs da capital pernambucana.
A ferramenta eletrônica é composta por três módulos, voltados ao cadastramento de fundos e gestores, à definição e aplicação de premissas econométricas e atuariais à política de investimentos, e ao controle do fluxo da carteira. Do trio, o mais sofisticado é o segundo. O instrumento permite a elaboração de ALMs por períodos de cinco anos e leva em conta, no processo de seleção dos fundos para a montagem da carteira, conceitos como Sharpe Ratio, Value at Risk (VAR) e a teoria moderna de portfólio, desenvolvida por Harry Max Markowitz, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 1990, além de indicadores mais usuais como retornos médios mensais e anuais, e meses com performances positivas e negativas.
"O sistema já executa de forma automática a captura de diversos dados, como valores de cotas e patrimônio líquido dos fundos de investimento", diz Barros. "No momento, estamos voltados à reformulação dos relatórios gerados e à definição de acessos específicos ao programa – para membros dos conselhos deliberativo e fiscal da casa, gestores e o time de investimentos."
Os trabalhos em conjunto com a UFPE deverão se estender até setembro do próximo ano. Após a execução dos últimos ajustes, o sistema, que terá seu nome escolhido por meio de um concurso interno da Reciprev, também será colocado à disposição, sem custo algum, de outros regimes próprios. "Em seu estado de arte, o novo programa vai garantir uma eficiência muito maior com um volume de trabalho até 80% menor do que o atual", diz Barros. "No nosso caso, será possível reduzir a equipe de investimentos para o limite – dos três componentes atuais para dois."