A Itajubá Investimentos, que coordenou a pesquisa Raio-X de Investimentos das EFPCs 2023, está fazendo um levantamento similar junto aos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). Através de uma parceria com a Associação Brasileira das Instituições de Previdência Estaduais e Municipais (Abipem) e com o Ministério da Previdência Social (MPS), a Itajubá pretende traçar um quadro sobre o futuro dos investimentos dos RPPS.
A pesquisa com os RPPS pretende mostrar como estão estruturados e ancorados os ativos dessa classe de investidores, assim como a forma como fazem a alocação dos recursos e seus processos de seleção de gestores. O levantamento também pretende abordar a evolução do segmento em relação ao Pró-Gestão, programa de certificação de boas práticas de gestão adotadas pelo segmento. A Itajubá está discutindo com a Abipem a lista de perguntas a serem apresentadas ao MPS, que deve validá-las antes de serem enviadas aos institutos.
Segundo o CEO da Itajubá, Carlos Garcia, as perguntas serão encaminhadas à todos os institutos, que hoje representam cerca de 2,1 mil no País todo. Diferentemente da pesquisa feita junto aos fundos de pensão, a dos RPPS deve se deter mais em temas que projetem processos de investimentos futuros, uma vez que as posições atuais desse segmento são de acesso público nas estruturas do próprio ministério. Os resultados da pesquisa devem ser apresentados pela Itajubá no 57º Congresso da Abipem, que será realizado em junho do ano que vem.
Garcia explica que a participação dos RPPS na nova pesquisa deve ser maior que a das EFPCs na pesquisa da Abrapp, o que é natural uma vez que esses institutos superam em mais de dez vezes o número de fundos de pensão. A pesquisa da Abrapp ouviu 92 EFPCs, o que representa 40% do número de entidades e 40% dos ativos do sistema, que responderam 264 questões (para ver a pesquisa Raio-X de Investimentos das EFPCs 2023, clique aqui).
A pesquisa da Itajubá junto aos RPPS é sua primeira iniciativa nesse segmento. Atualmente a casa distribui produtos de investimento principalmente entre fundos de pensão e family-offices, mas já está montando uma equipe para começar a distribuir para os regimes próprios. A primeira pessoa a ser contratada para a equipe foi Denise Nassar, ex-Bradesco e ex-Safra. “Era um segmento para o qual a gente não distribuía e que vamos começar a acessar”, diz Garcia.
