A compra do Credit Suisse pelo UBS, numa transação fechada neste último final de semana pela quantia de US 3,23 bilhões, levantou entre os fundos de pensão suíços o temor de que a junção dos dois grupos financeiros reduza a concorrência e diminua a força dos clientes na negociação com os bancos.
Segundo o presidente da associação suíça de fundos de pensão (Asip), Martin Roth, “muitos de nossos membros mantêm relações comerciais com o Credit Suisse e o UBS por motivos de diversificação e se veem confrontados da noite para o dia com uma concentração no setor bancário suíço”.
A Asip tem acompanhado de perto os acontecimentos recentes e a situação em torno da aquisição do Credit Suisse, mas, acrescentou que os fundos de pensões são os responsáveis finais por avaliar as consequências da aquisição e tomar medidas concretas.
Segundo a Ethos Fundation, entidade que se dedica a temas ESG e tem fundos de pensão como associados, a aquisição poderá ter um impacto negativo para os fundos de pensão como clientes bancários. “A consolidação das duas entidades suíças criará um risco sistêmico muito grande para o centro financeiro suíço e terá um efeito negativo na eficiência dos mercados”, disse o diretor-presidente do Ethos, Vincent Kaufmann, à uma publicação europeia.